O inquérito sobre a rebelião que aconteceu na Penitenciária Central do Estado em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba), em 14 de janeiro e que resultou na morte de sete pessoas, foi entregue na sexta-feira (26), ao Ministério Público Estadual. De acordo com o resultado das investigações, comandadas pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), dois agentes penitenciários são suspeitos de tramar a rebelião e outros nove detentos da PCE, de envolvimento nas mortes.
Segundo o delegado Francisco Caricati, do Cope, a rebelião foi resultado da decisão "imprudente" de remover cerca de 20 presos jurados de morte para a mesma galeria que seus rivais. Entre os agentes envolvidos na trama estão o chefe da segurança, Celso Tadeu do Nascimento, que se apresentou no Cope, e Carlos Carvalho da Silva, subchefe da segurança da penitenciária. Os dois permanecem presos.
"É indiscutível que esta rebelião foi premeditada e organizada por estes dois agentes penitenciários que, em vez de tomar conta do local e cumprir suas funções, optaram por cometer um crime. Com a conclusão do inquérito, o próximo passo será o oferecimento da denúncia por parte do MP", comentou o Caricati.
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Os presos vão responder por homicídio qualificado, lesões corporais graves e gravíssimas e dano ao patrimônio com violência à pessoa. O inquérito foi finalizado com 182 páginas. A investigação foi acompanhada e chancelada pelo promotor de Justiça Pedro Carvalho Santos Assinger, designado pelo Ministério Público Estadual e pelo juiz-corregedor dos presídios, Marcio Tokars.