O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo adiou para a próxima semana o julgamento do pedido de anulação da sentença contra o coronel da reserva Ubiratan Guimarães, condenado a 632 anos por chefiar a invasão na Casa de Detenção --que resultou em 111 mortes em 1992.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a solicitação foi acertada na terça-feira (07), por meio de acordo entre defesa e acusação. A alegação é de que houve apenas dois dias para o advogado do réu, Vicente Cascione, preparar a sustentação oral - ele estaria fora do País quando o julgamento foi marcado. O pedido não impede que os desembargadores do TJ mantenham a data original.
O coronel Ubiratan já foi considerado culpado pela morte de 102 pessoas e por tentativa de homicídio contra outras cinco. Após a rebelião do Carandiru, foram encontrados 111 detentos mortos: 103 vítimas de disparos (515 tiros ao todo) e 8 mortos devido a ferimentos provocados por objetos cortantes.
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Porém, ele responde ao processo em liberdade, pois tem foro privilegiado por ser parlamentar: foi eleito deputado estadual um ano após receber a condenação pelo massacre. Hoje, ele exerce mandato pelo PTB na Assembléia Legislativa.
Os 119 policiais acusados no massacre do Carandiru ainda não foram a julgamento. Eles estão recorrendo na Justiça para não serem levados a júri popular.
Fonte: Terra e Folha Online