Não é mais preciso ter os documentos roubados para virar alvo dos crimes de clonagem de cheques e cartões. Por causa da recorrência desse tipo de crime em Londrina e região, ser um pouco paranóico em relação a instrumentos bancários deixou de ser exagero para virar necessidade.
O delegado do 1º Distrito Policial de Londrina, Marcos Belinati, estima que o número de casos ocorridos na cidade é maior do que os que chegam à delegacia. ''Nem sempre a natureza do crime é confirmada pelo banco, pois às vezes não é possível determinar se houve clonagem'', afirma.
Diante da habilidade dos larápios, qualquer um pode ser surpreendido por um rombo na própria conta ou ter um cheque - que jamais emitiu - rodando na praça.
Alguns cuidados extras podem reduzir o risco de sofrer essa dor de cabeça. Segundo o coordenador do Procon em Londrina, Gerson da Silva, cartões de crédito e débito não devem ser confiados a ninguém. ''Apenas o dono do cartão deve fazer saques no banco, de preferência sem ninguém por perto. Já tivemos casos em que a pessoa descobriu que foi vítima do próprio amigo, que sabia qual era a senha e onde o cartão era guardado'', exemplifica.
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Outra maneira de se defender da clonagem é não aceitar cartões de crédito enviados pelo correio. ''Muitas vezes a correspondência fica um tempo na portaria ou exposta a terceiros, aumentando o risco de o cartão cair em mãos erradas e ser duplicado'', alerta Silva.
Um dos alvos preferidos dos criminosos é a conta em poupança. Não apenas pelos quantias mais robustas, mas porque os titulares costumam ''esquecer''da conta no banco por mais tempo. Nesse caso, a vítima pode descobrir que foi roubada apenas meses depois, ao tirar o saldo, surpresa que pode ser evitada por meio de verificações frequentes no banco.
Com relação a cheques, a melhor forma de evitar que se tornem prato cheio para clonadores é emiti-los apenas para empresas conhecidas e idôneas. ''O consumidor deve cruzar o cheque, sempre, e de preferência preenchê-lo nominalmente. O mais importante é garantir que o cheque não passe de mão em mão e chegue a desconhecidos'', alerta o coordenador do Procon.
E se na hora de pagar por um serviço o consumidor tiver dinheiro em mãos, não tenha dúvida: ainda não há prevenção mais eficaz do que guardar os cheques apenas para as situações emergenciais.