Sete policiais civis acusados de tortura contra quatro suspeitos da morte da adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, deixaram a prisão na tarde de quinta-feira (31), após pagamento de fiança, estipulada pela Justiça de Colombo. A saída deles da prisão havia sido autorizada pela juíza da comarca do município, Aline Passos, no dia 25 de outubro. Eles estavam detidos desde julho na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) de Curitiba.
Cada um dos policiais pagou R$ 10 mil, que era a quantia estipulada inicialmente. O advogado de defesa dos sete acusados, André Romero, chegou a entrar no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) com um pedido de redução da fiança, ao alegar impossibilidade de seus clientes pagarem a quantia por ser muito alta.
Apesar do pedido feito à Justiça, os policiais conseguiram o dinheiro, segundo o advogado, com contribuição de colegas de profissão. "A fiança não chegou a ser reduzida a tempo e os colegas dos meus clientes preferiram levantar o dinheiro para pagar a fiança", diz Romero. O recurso na Justiça, dessa forma, foi retirado pela defesa dos acusados.
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Fora da prisão, os sete acusados terão que se apresentar em juízo a cada dois meses para atestarem sua regularidade, segundo o advogado. Os policiais continuam afastados das funções na Polícia Civil, que ainda investiga, internamente, as acusações da suposta tortura que eles teriam praticado contra os presos nas delegacias do Alto Maracanã, Campo Largo e Araucária.
Antes da saída destes policiais, o delegado Silvan Rodney Pereira, ex-titular da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, e um policial militar já haviam deixado a prisão.
Todos os suspeitos teriam praticado sessões de tortura contra os quatro acusados da morte da adolescente – cujo corpo foi encontrado no dia 25 de junho deste ano. Os acusados da morte foram soltos depois das denúncias feitas pela Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR).