Subiu para dez o número de mortes em decorrência da operação realizada para prender bandidos que atacaram caixas eletrônicos em Minas. Morto por policiais como sendo um dos assaltantes que atacaram os terminais eletrônicos no último fim de semana em Itamonte, o professor Silmar Júnior Madeira, de 31 anos, teria morrido por engano. Testemunhas contaram que ele foi abordado por um bandido que pegou o seu carro e o levou junto como refém, mas policiais atiraram nos dois que acabaram morrendo na hora.
De acordo com a família do professor, que deixa dois filhos, ele havia acabado de sair da casa da namorada. Porém, quando ia entrar no carro para retornar à sua casa na cidade de Itanhandu, foi feito refém. polícia apura o possível erro e já começou a ouvir familiares da vítima. Também estão sendo refeitos os passos do professor naquela noite e analisadas suas ligações telefônicas. Oficialmente a polícia ainda não confirma nada, mas policiais já admitem que a vítima seja mesmo inocente. A ação foi deflagrada após investigações e um trabalho conjunto que envolveu as polícias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Perto de 150 policiais civis e militares de Minas e São Paulo participaram da operação no sábado, 22, que resultou em nove mortos e cinco presos, três deles feridos. Sete carros usados pelos bandidos foram apreendidos. De acordo com a polícia, a quadrilha pretendia estourar cinco caixas eletrônicos de Itamonte e dominar o pelotão da Polícia Militar local. Alguns dos mortos estavam no banco e outros nas imediações da sede da PM.
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A quadrilha estaria sendo monitorada há mais de dois meses. Os assaltantes teriam partido armados de São Paulo, inclusive com fuzis, para fazer o ataque em Minas. Assim que explodiram caixas dentro de uma agência do Bradesco, foram surpreendidos e começou o tiroteio. Com os suspeitos foram apreendidos fuzis, espingardas calibre 12, pistolas, dinamites, munições e coletes à prova de bala. Na madrugada desta segunda-feira, 24, mais um homem que estaria envolvido no roubo em Itamonte foi morto pela polícia, subindo para dez o número de vítimas decorrentes da ação. Em companhia de outro suspeito, que foi preso, ele teria feito refém o dono de um restaurante para tentar sair de Minas Gerais após permanecer escondido por dois dias.
O carro foi interceptado perto de São José dos Campos (SP). O refém foi libertado sem ferimentos. Também nesta segunda-feira, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, disse não descartar a possibilidade do envolvimento de policiais nesta quadrilha. Entretanto, segundo ele, tudo depende ainda das investigações que têm à frente a Polícia Civil de Minas Gerais. Ele contou que vários inquéritos policiais foram abertos com relação ao caso e as apurações prosseguem para se chegar a todos os envolvidos.