Um dos acusados no caso de formação de quadrilha e morte de mulheres em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, acusou nesta terça-feira a delegada Vanessa Alice, que cuidava das investigações até o ano passado, de ter armado depoimentos. Ele fez as declarações à imprensa enquanto o Ministério Público de Almirante Tamandaré tomava novos depoimentos sobre o caso.
Dezessete pessoas, entre elas sete policiais militares e dois policiais civis, estão presas há cerca de oito meses, acusadas de formação de quadrilha e execução de quatro homens e duas mulheres em Almirante Tamandaré. Essas pessoas teriam sido mortas para queima de arquivo, porque saberiam de informações sobre outros delitos dos acusados.
As acusações contra a delegada foram feitas informalmente e não fazem parte do inquérito. Segundo um dos acusados, ela teria pago propina para obter depoimentos que o incriminasse. Vanessa, que hoje está lotada no 7º Distrito Policial de Curitiba, diz que as acusações não procedem. ''Sou uma funcionária pública e não tenho nenhum interesse no caso'', afirmou.
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Foram ouvidas 23 testemunhas de defesa entre segunda-feira e esta terça-feira, mas nenhuma delas acrescentou nenhum fato novo ao caso, informou o promotor de Almirante Tamandaré, Diego Fernandes Dourado. A maior parte delas eram colegas de policiais militares e atestaram sobre a conduta dos réus. ''Mas isso vai contra as informações contidas nos autos, de que os réus tinham antecedentes e cometeram casos de agressões, extorsões e furtos'', afirmou um dos promotores da Promotoria de Investigações Criminais (PIC).
A PIC e a Promotoria de Almirante Tamandaré devem ouvir mais 38 testemunhas de defesa até semana que vem. Em seguida o inquérito entra na fase final, quando será decidido se os acusados serão levados a julgamento.