Dados preliminares da Polícia Científica apontam que o elevador para pessoas com deficiência, instalado no Centro de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente (Caic), de Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba), estava em condições precárias.
Segundo o Instituto de Criminalistica (IC), não havia proteção nas laterais nem no teto, o que aumentava o risco de acidentes No dia 10, uma criança de dez anos morreu esmagada no elevador.
Ontem a Polícia Civil, que instaurou inquérito para investigar a morte, ouviu as duas diretoras e um auxiliar administrativo do Caic. As diretoras foram indiciadas por homicídio culposo e negligência. Segundo a PC, houve negligência nas obras de instalação do equipamento.
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A principal linha de investigação seguida pela PC é a de homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar. ''Uma delas (diretoras) não estava na escola, e ambas afirmaram não saber de nada com relação ao contrato do elevador. Elas disseram que este tipo de informação fica aos cuidados das secretarias Municipal e Estadual de Educação. As duas serão indiciadas pela morte da criança'', afirmou o superintendente Jucelino Bayer.
Segundo Bayer, o contrato de instalação e manutenção do equipamento devem ser averiguados, além de convocar para depor o engenheiro responsável pelas obras realizadas no local. Segundo o depoimento das professoras, nenhuma instrução em relação ao manuseio do equipamento foi passado aos responsáveis.
Os pais de Gisele Stresser Machado, 10 anos, morta no acidente, e a amiga que a acompahava no momento do acidente devem prestar depoimento somente na próxima semana. A criança deve testemunhar na presença de seus pais e de uma psicóloga do Conselho Tutelar.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Campo Largo não se manifestou em relação ao caso. Apenas informou que aguarda o resultado da sindicância interna.