O Ministério Público (MP) do Paraná tenta fechar, através de uma ação civil pública, um asilo na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Isso porque o proprietário do asilo, Juvenal José de Freitas, 54 anos, é acusado de violentar idosas no abrigo. Ele foi preso no final do ano passado.
A investigação foi iniciada pelo MP após denúncias de enfermeiras que trabalham no local e que teriam notado alguns hematomas e também diferença no comportamento das idosas. Como o caso era complexo, o MP pediu ajuda à Delegacia de Polícia Civil de Pinhais.
De acordo com o delegado Marcelo Magalhães, após a conclusão de um inquérito, ficou comprovado que ao menos duas idosas, acima de 70 anos, foram violentadas e o proprietário do asilo é o principal suspeito, conforme depoimentos das testemunhas.
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"Foram ouvidas dezenas de testemunhas e concluímos que pelo menos duas vítimas foram violentadas. Uma delas é cadeirante e a outra mal se levantava da cama. A que está na cadeira de rodas teve AVC, está com praticamente metade do corpo paralisado. E a gente entendeu que ele se utilizou dessas dificuldades para conseguir seu intuito", explica o delegado.
O proprietário do asilo foi preso na sede da instituição. Ele negou as acusações para a polícia e disse que não teria motivos para manter uma instituição para violentar idosas. O delegado, entretanto, diz que as palavras de Freitas são contraditórias.
A polícia ainda não sabe há quanto tempo o acusado praticava o crime e nem quantas vítimas ele teria violentado. "A gente suspeita de que ha muito tempo ele abusava de outras senhoras. Inclusive uma das testemunhas diz que há senhoras que já faleceram e que foram abusadas por esse indivíduo. Infelizmente a investigação ficou comprometida uma vez que a gente sequer sabe a identificação dessas senhoras", diz o delegado.