Uma megaoperação comandada pela Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal está desarticulando uma quadrilha especializada em cometer fraudes no comércio exterior.
Segundo o portal Terra, as buscas da operação "Dilúvio" acontecem nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco e Miami.
As equipes executam mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Paranaguá (PR) e Itajaí (SC) em mais de 200 locais. As buscas acontecem em residências dos envolvidos, empresas do esquema, principais clientes, depósitos de mercadorias, escritórios de advocacia e de despachantes e colaboradores.
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Até as 10h, 34 pessoas já haviam sido presas: 13 em Curitiba e Paranaguá e 21 em Maringá (Noroeste), Marialva e Londrina (Norte). Entre os presos, está o candidato a deputado estadual pelo PSB, Giancarlo Schetini de Almeida Torres, 47 anos.
De acordo com as primeiras informações, 291 mandados - entre busca e apreensão e prisão - serão cumpridos ainda nesta manhã no Paraná. Em Curitiba e em Paranaguá, foram mais de dez mandados de prisão já cumpridos. Além de Curitiba, Paranaguá e Maringá, a operação está acontecendo em Marialva e em Londrina (Norte).
Entre os envolvidos, está um grupo empresarial estabelecido em São Paulo. As principais irregularidades apuradas são sonegação, interposição fraudulenta, falsidade ideológica, evasão de divisas e cooptação de servidores públicos. Pelo menos 1,4 mil policiais federais participam da operação.
O grupo era especializado na redução fraudulenta de tributos das empresas importadoras, conhecidas como "tradings".
As investigações mostram que as empresas do grupo importaram mais de R$ 1,1 bilhão, nos últimos quatro anos. Considerando que os valores declarados provêm de um subfaturamento em média de 50%, pode-se estimar uma sonegação de tributos federais aduaneiros em mais de R$ 500 milhões, sem levar em conta os outros tributos como ICMS, IPI, PIS, COFINS e Imposto de Renda.