O Grupo Especial de Combate ao Narcotráfico (Gecon), formado por oficiais das polícias civil e militar, prendeu na madrugada de sábado para domingo dois jovens em flagrante por tráfico de drogas. Eles revendiam frasquinhos de lança-perfume e comprimidos de ecstasy numa rave no Recanto Boa Vista, na área do quilômetro 9 da estrada do Limoeiro. Segundo o delegado João Almeida de Aquino, é a primeira vez que ocorre uma apreensão de ecstasy em Londrina.
Por volta das 3 horas, uma equipe à paisana de oito oficiais chegou ao local da festa. Todos pagaram os R$ 20 do ingresso e esconderam as armas para passar pela segurança. ''Era uma entrada bastante rigorosa, organizada'', diz o delegado Alan Henrique Flore, que participou da operação. Ele conta que há várias semanas o Gecon está de olho nas raves, que, na Europa, são tão conhecidas pela música eletrônica quanto pelo consumo de drogas.
Depois de observar a festa, os policiais deram voz de prisão a Gustavo Dihel, 21 anos, um dos promotores da rave. Segundo a polícia, ele estava com oito comprimidos de ecstasy e R$ 300 em dinheiro. Também foi detido Igor Assunção Lourenço, 22 anos, oriundo do interior de São Paulo e estudante de Direito em Londrina. De acordo com o Gecon, o jovem estava com uma mochila com 19 frascos de lança-perfume, um estojo com dois comprimidos de ecstasy e mais R$ 64 em dinheiro.
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''Ele só estava faltando colocar plaquinha para comercializar o lança-perfume, de tanto que anunciava que estava vendendo'', diz o tenente Gustavo Hauenstein, que também esteve na operação. Ironicamente, o lança-perfume era da marca Universitário, da Argentina, e os frascos estavam embalados em jornais daquele país.
Ambos estão detidos no 2º Distrito Policial (DP) e responderão a processo por tráfico de drogas. Segundo Flore, um comprimido de ecstasy é revendido a R$ 50, o que evidencia o alto poder aquisitivo dos frequentadores da rave - boa parte deles estudantes universitários. ''Essa droga chegou ao Brasil junto com a cultura das raves. É possível perceber que o consumo de entorpecentes está se tornando algo comum entre os universitários, porque eles moram longe de casa, da família, não têm limites'', justifica o tenente Hauenstein.