O MPPR (Ministério Público do Paraná) e a PC (Polícia Civil) deflagraram na manhã desta quinta-feira (13), em Wenceslau Braz (Norte Pioneiro), uma operação contra uma influenciadora digital e familiares investigados por exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em seis endereços, sendo apreendidos uma arma de fogo, celulares, notebooks, passaportes, joias, bolsas, valores em reais e euros, mais de R$ 100 mil em folhas de cheque e três caminhonetes avaliadas em mais de R$ 800 mil.
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O Ministério Público também obteve junto à Justiça o bloqueio de R$ 20 milhões nas contas bancárias dos envolvidos, o sequestro de sete imóveis, sendo cinco lotes urbanos e duas chácaras, e a ordem de remoção dos perfis de divulgação da influenciadora em redes sociais.
O grupo é investigado pela divulgação de plataformas clandestinas de jogos de azar, sendo o chamado “Jogo do Tigrinho” um dos mais famosos, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre 2023 e 2024, o esquema teria movimentado mais de R$ 45 milhões. Nas redes sociais, a influenciadora tem mais de 60 mil seguidores.
De acordo com o delegado Huarlei Oliveira, a operação também resultou na apreensão de 67 cabeças de gado. O responsável pela arma de fogo foi conduzido em flagrante à delegacia. A partir de agora, todos os bens apreendidos vão ficar à disposição da Justiça e os investigados passam a ser monitorados eletronicamente, estando proibidos de divulgar jogos de azar.
Segundo a Polícia Civil, a investigação começou há cerca de seis meses e tinha como alvo principal a influenciadora digital, de 30 anos, que utilizava as redes sociais para atrair apostadores para cassinos virtuais. Um aplicativo de mensagens, com mais de 8 mil membros, também era utilizado para a divulgação de apostas.
A influenciadora e o marido são apontados como líderes da associação criminosa e os valores obtidos teriam sido usados na compra de imóveis, veículos e gado, além de custear viagens internacionais, segundo o delegado. A investigação também apurou que duas empresas de fachada eram utilizadas para movimentar os recursos, sendo localizadas em imóveis sem qualquer movimentação comercial.
