As contradições entre os depoimentos de Suzane von Richthofen e dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, réus confessos do assassinato dos pais da ex-estudante de Direito, Marísia e Manfred, no dia 31 de outubro de 2002, podem levar o juiz a pedir uma acareação entre os réus. O julgamento ocorre desde segunda-feira (17) no Tribunal do Júri da Barra Funda, em São Paulo. Os trabalhos recomeçam nesta quarta-feira (19) a partir das 9h30.
O promotor do caso Richthofen, Roberto Tardelli, e o auxiliar de promotoria, Nadir de Campos Júnior, questionaram, ao final dos depoimentos de ontem a necessidade de uma acareação entre Suzane e o ex-namorado Daniel Cravinhos. Segundo Nadir, depois de ouvir as testemunhas, já existiriam provas suficientes para condenar os três réus. Tardelli afirmou que a acareação será avaliada hoje, depois do término dos depoimentos das 16 testemunhas do caso.
Em depoimento prestado ontem a delegada da Polícia Civil Cíntia Tucunduva Gomes desmontou a nova versão apresentada pelos irmãos Cravinhos para a morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, e ressaltou a frieza com que Suzane, filha das vítimas, teria se comportado nos dias seguintes ao crime.
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Outro relato importante ontem foi o do irmão de Suzane, Andréas von Richthofen. Ele contradisse a versão de Daniel e Cristian Cravinhos de que a irmã sofria agressões por parte dos pais. Daniel alegou em seu depoimento, na segunda-feira, que Suzane supostamente era estuprada pelo pai, Manfred, o que teria alimentado o grande ódio dela contra os pais. Andreas, porém, se mostrou magoado com a irmã e disse que chegou a sofrer chantagem emocional por parte da jovem.
Fonte: Terra