Um homem foi condenado a três anos, seis meses e 20 dias, em regime semi-aberto, em júri realizado na comarca de Coronel Vivida, na região Sudoeste. Ivanir Ignácio de Siqueira tentou matar a ex-esposa, Ceni Rodrigues de Chaves, no dia 24 de março deste ano, com golpes de faca no pescoço e depois tentou o suicídio cortando o próprio pescoço.
O júri popular, que foi formado exclusivamente por mulheres, demorou seis horas. A família de Ceni disse estar satisfeita com o resultado e que todos, doravante, "esperam viver em paz".
Segundo informações dos familiares, o casal que manteve o relacionamento por 14 anos, estava separado havia nove meses, porém Ivanir não aceitava a separação e há algum tempo vinha ameaçando Ceni. O homem já tinha, antes, sido preso, alguns meses antes, por agredir Ceni. O casal tem dois filhos, um de 12 anos e outro de 6 anos.
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O advogado Jones Mário Decarli, defensor do réu, também afirmou estar satisfeito com o resultado do julgamento. Ele não pediu a absolvição, porém, como o réu tinha depressão leve, alegou tentativa de homicídio privilegiado. Com base em estudos médicos, Decarli sustentou que "a depressão é um problema de saúde pública e isso levou o réu, depressivo, a cometer o crime e também tentar o suicídio, o que é caso, assim, de julgar um doente e não um criminoso".
O Ministério Público pedia pena de no mínimo 12 anos para o réu. A promotora do caso, Rita de Cássia Ribeiro, não descarta a possibilidade de recorrer.