Policiais civis e militares não tinham pistas até o final da tarde de ontem dos três assaltantes que renderam e sequestraram uma família em Paiçandu (10 km a leste de Maringá).
O assalto aconteceu por volta das 21 horas de segunda-feira, quando três homens armados com revólveres e facas entraram na casa do empresário do ramo de supermercados, Otávio Finco Júnior, 42. Eles queriam roubar a caminhonete da família, uma Toyota Hilux, ano 2007. Para evitar que alguém avisasse a polícia, acabaram levando o empresário, a esposa Silvia Gonçalves de Lima Finco, 38, e os filhos Sabrina Lorene, 19, e Otávio Finco Neto, 9.
O sequestro só foi descoberto porque uma das filhas do empresário, que estava no quarto com uma amiga, viu a chegada dos bandidos. Ela e a amiga se esconderam debaixo da cama e, assim que todos saíram, chamou a Polícia Militar.
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A PM organizou um cerco na região porque tinha informação de que o grupo estava indo para Cianorte. Vários policiais se deslocaram e, horas depois, foram informados de que os bandidos capotaram a caminhonete em uma estrada rural entre Tuneiras do Oeste e Moreira Sales.
Os ladrões perderam o controle do veículo em alta velocidade. Os três bandidos sofreram ferimentos leves, assim como Silvia, Sabrina e Otávio. O empresário ficou gravemente ferido. Ele sofreu lesões na coluna e no final da tarde de ontem foi transferido para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital de Maringá.
No local do capotamento, os bandidos renderam um motoqueiro que passava pela estrada e parou para prestar socorro. Os três fugiram na motocicleta. De acordo com a Polícia Civil de Paiçandu, os ladrões levaram toda família durante a fuga porque a caminhonete tinha sistema de rastreamento via satélite. Eles temiam que alguém pudesse avisar a polícia e localizá-los antes de retirarem o aparelho. Durante o roubo, disseram ao empresário que desativariam o rastreamento para depois vender o veículo no Paraguai.
Os policias informaram que o objetivo principal dos ladrões era o veículo, uma vez que levaram poucos objetos de valor da casa. Os investigadores acreditam que um dos bandidos seja de Paiçandu, já que o grupo conhecia a rotina da família. Assim que invadiram a casa perguntaram pela filha adolescente. O empresário disse que ela não estava e tinha saído com uma amiga.
Informações de que o trio havia tomado um ônibus de linha para fugir levaram as polícias Civil e Militar a montar vários cercos sem êxito. No final da tarde, a polícia acreditava que a notícia havia sido ''plantada'' pelos bandidos para facilitar a fuga.
Folha de Londrina