Policiais do Grupo Tigre libertaram uma jovem de 17 anos mantida refém desde a última segunda-feira (16). A garota foi sequestrada quando um grupo de homens invadiu a casa de um empresário de Paranavaí - dono de fazendas e concessionária de automóveis - para realizar um assalto. Eles ficaram na casa por várias horas e acabaram levando a filha do empresário como refém.
Nos contatos com a família, os sequestradores pediram inicialmente R$ 2 milhões para libertar a jovem. O Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial da Polícia Civil (Grupo Tigre) foi acionado para acompanhar as negociações e investigar o local de cativeiro.
UMUARAMA - A jovem foi encontrada em Umuarama, num prédio de quitinetes. Ela estava bem, sem ferimentos. Foram presos em flagrante Luiz Carlos Bofetti, 39 anos, Ed do Nascimento Alves, 23, Josiele Pereira de Lima, também de 23, e Márcia Neves Saraiva Guedes, 35 anos.
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As duas mulheres seriam responsáveis pelo abastecimento de provisões e limpeza do cativeiro e Bofetti faria parte do grupo de assaltantes e sequestradores.
FINAL FELIZ - "Nesses dez anos de atuação, o grupo tem resolvido 100% dos sequestros, o que mais uma vez se confirma a competência dos nossos policiais", disse o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa. Ele também destacou o fato de a vítima ser devolvida para a família sem ferimentos e sem o pagamento do resgate.
"A integridade física da jovem foi mantida e os bandidos não tiveram resultado positivo. A polícia vai atuar sempre dessa forma: com rapidez e a agilidade necessárias", afirmou.
SEQUÊNCIA - O delegado do Tigre, Riad Braga Farhat, disse que as investigações continuam para prender todos os integrantes da quadrilha.
Farhat informou também que os sequestradores vieram de São Paulo para agir no Paraná, como tem sido registrado em pelo menos metade dos sequestros praticados no Estado.
Segundo o delegado, o grupo era bastante experiente. Os contatos com a família eram feitos de São Paulo. "Em uma semana levantamos os dados dos sequestradores, descobrimos o local onde a jovem era mantida refém e montamos a operação para libertá-la".
"Eles gastaram pelo menos R$ 5 mil na estruturação da operação criminosa, dinheiro usado com celulares e o aluguel do cativeiro e manutenção", afirmou. "O mais importante é que a jovem saiu bem", concluiu (com AEN).