O número de mortes em confrontos com policiais civis e militares e guardas municipais aumentou 14% no primeiro semestre de 2021 no Paraná. No mesmo período do ano passado, foram 184 mortes em circunstâncias semelhantes contra as 210 registradas no último levantamento.
As cidades com maior número de mortes são Curitiba, Londrina, Piraquara, Colombo e Arapongas.
Não houve registro de mortes causadas por policiais civis, enquanto duas foram originadas em confrontos com guardas municipais, ambas em Curitiba – uma em perseguição a um veículo furtado e outra em um assalto a estabelecimento comercial. Já no que diz respeito aos confrontos com policiais militares, houve 208 mortes, o que representou um aumento de 13,66% em relação ao primeiro semestre de 2020, com 25 mortes a mais.
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Perfil: Nos confrontos com policiais militares, 104 dos que morreram (50%) eram pardos, 15 (7,2%) negros e 89 (42,8%) brancos. Em relação à faixa etária, 111 mortes (53,36%) em confrontos com PMs eram de pessoas de 18 a 29 anos, e 81 (38,94%) tinham de 30 a 59 anos. Além disso, houve 11 outros (5,29%) na faixa de 13 a 17 anos, duas (0,96%) com 60 anos ou mais e três (1,44%) com idade não registrada.
O Ministério Público do Paraná, a exemplo dos demais MPs do Brasil, aderiu ao programa nacional "O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança. A iniciativa do CNMP tem como objetivo assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.