Nunca na história de Cantagalo, pequeno município com cerca de 13 mil habitantes, distante 80 quilômetros de Guarapuava, no centro-sul do estado, se viu tamanha brutalidade em um crime por motivo tão banal. Duas mulheres – mãe e filha – foram mortas a machadadas e a golpes de pedaços de pau na madrugada desta quarta-feira (30); duas crianças, de 12 e 9 anos, e um bebê de 11 meses, estão gravemente feridos pelas agressões feitas com as mesmas armas.
Irma Rodrigues de Lima, 66 anos, e sua filha Celoir Rodrigues de Lima, 38, estavam mortas quando os policiais chegaram à residência, na zona rural de Cantagalo. Antonio Schadec Sobrinho, 60 anos, companheiro de Celoir, também foi ferido, mas sobreviveu e seu estado é menos grave do que o das crianças, todas filhas de Celoir Lima.
Os autores dos crimes foram presos e, friamente, confessaram a brutalidade. "Eles até deram entrevista à imprensa local e assumiram tranquilamente o crime", disse a escrivã da Delegacia de Cantagalo Reni Alves Machado. Os autores confessos são o casal Max Rogério Marcondes, 27 anos, e Zélia dos Santos Lima, 32. "O que chama a atenção é que os dois têm filhos".
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Também foi preso Olivir dos Santos Lima, 32 anos, companheiro de Irma, que estava na casa no momento do crime. "Ele não confessou participação; disse que estava lá e conseguiu fugir, mas, estranhamos o fato de não ter chamado a polícia e, por isso, ele está preso", explicou Reni.
Motivo
O motivo do crime seria o fato de que o filho de Irma Lima – Noedir de Lima – teria acusado Max Rogério de participação em crime. A acusação teria sido feita em uma ocasião em que Noedir estivera preso. Em razão desta denúncia, Max acabou preso e, uma vez solto, resolveu se vingar matando a família do outro. "Nunca presenciamos um crime tão bárbaro no município e nunca vimos assassinos tão frios", resumiu a escrivã Reni Alves Machado.