O Tribunal de Justiça do Paraná concedeu a liberdade provisória para Hyan Felipe da Silva Castilho, de 20 anos, acusado de atropelar e matar a policial militar Jéssyca Layla Calmon Dos Santos, de 26 anos, no dia 11 de maio, em Santa Cecília do Pavão. Ele foi preso em flagrante na época dos fatos e solto na última sexta-feira (13). A Justiça também expediu um mandado de monitoramento eletrônico contra Castilho.
Castilho foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado no dia 20 de maio. A denúncia foi acatada pela Justiça três dias depois, em que o juiz Felipe de Souza Pereira confirmou, na decisão, que pelas provas e indícios até o momento reunidos, "a acusação está formalmente em ordem e aponta o denunciado como autor do delito descrito”.
O crime
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Jessyca Layla Calmon Dos Santos atuava na 3ª Companhia do 18° BPM (Batalhão de Polícia Militar), de Cornélio Procópio, em ações de policiamento ostensivo na cidade de Nova Santa Bárbara. No momento do acidente, a soldado tinha acabado de sair de uma escala, em um evento de emancipação da cidade, e retornava para casa, em Londrina.
Na época dos fatos, a polícia disse que próximo ao quilômetro 319 da PR-090, um carro conduzido por Castilho invadiu a pista contrária e atingiu a motocicleta que a jovem pilotava Com o impacto, ela foi jogada por cerca de 20 metros. A policial chegou a ser socorrida, mas morreu ainda no local do crime.
A PM teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram o motorista deixando uma amiga na cidade por volta das 2h20 da madrugada. A colisão aconteceu pouco tempo depois, próximo das 3h30.
Castilho teria se recusado a fazer o teste do bafômetro e foi preso em flagrante por homicídio na condução de veículo mediante embriaguez. De acordo com a ocorrência, ele estaria com “sinais de embriaguez, hálito etílico, fala desconexa, andar cambaleante e desequilibrado e também olhos avermelhados”.
Homenagem
Durante o velório em Londrina, no dia 12 de maio, a jovem foi homenageada. O caixão da jovem foi coberto com uma bandeira do Brasil e saiu da capela do Parque das Oliveiras carregado por familiares e colegas de profissão. Na sequência, os policiais fizeram uma salva de tiros em homenagem à jovem. Em cortejo, o corpo da policial foi levado para um crematório de Londrina, próximo a região da Warta, na zona norte.
“Inocência será demonstrada”
Na decisão de conceder liberdade provisória ao réu, o Tribunal de Justiça justificou que “afigura-se desproporcional o encarceramento do paciente no presente caso”, sendo que “a imposição de medidas cautelares diversas da prisão preventiva revela-se suficiente para a garantia da ordem pública”.
Em nota, o advogado de defesa de Hyan Felipe da Silva Castilho disse que ficou demonstrado à Justiça que “o mesmo possui o direito de responder em liberdade, até mesmo porque não existem provas que era o mesmo que estaria dirigindo”. Ele concluiu a manifestação dizendo que Castilho é “uma pessoa de ótima índole e sua inocência será demonstrada”.
