Dezenas de policiais civis cumpriram nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (6), de forma simultânea, 14 mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. A operação Pax Romana visa elucidar crimes de homicídio e tráfico de drogas e desarticular organizações criminosas que atuam dentro e fora do sistema prisional na cidade, responsáveis pelo chamado tribunal do crime.
O ponto de partida para a investigação foi o assassinato de um rapaz em abril de 2020, que teria furtado droga de um ponto de tráfico. “O dono (do ponto) pediu essa morte. Mas o indivíduo que morreu tem um irmão suspeito de ligação com uma facção criminosa e ele cobrou a execução. Houve uma reunião do tribunal do crime, que decidiu pela morte do atirador (Bruno Evangelista)”, explicou o delegado João Reis, titular da delegacia de Homicídios.
Entre os alvos dos mandados de prisão está um homem que já estava detido desde o final do ano passado por tráfico de drogas, e agora vai responder por homicídio. Ele é suspeito de determinar a execução de abril de 2020. Outro detido é irmão do atirador deste mesmo crime. Em uma casa os policiais apreenderam mais de R$ 20 mil, que a moradora não soube explicar a origem, e um celular, que ela tentou quebrar. “A operação é para reunir provas contra o tribunal do crime”, destacou.
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Na residência de outro alvo de busca e apreensão – conhecido como Betinho Capeta – os investigadores não encontraram nada. “Ele é suspeito de participar do tribunal do crime. Sabemos que tem armas e coletes, mas no residencial em que vive oprime os moradores, que são obrigados a esconder drogas e armas, por isso, não conseguimos localizar. Não é possível pedir mandado coletivo e contamos com as denúncias”, afirmou. Este homem será investigado e interrogada como um dos suspeitos de mandar matar Bruno Evangelista.
O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, que acompanhou os trabalhos, ressaltou que os homicídios costumam estar ligados a outros crimes, como o tráfico de drogas, furtos e roubos. “A intenção da delegacia de Homicídios é entender essa dinâmica do crime, que acende um alerta na unidade para prevenir no futuro. São crimes ligados ao tráfico, seja por domínio territorial de uma facção tentando invadir o espaço da outra ou cobrança de dívidas”, comentou Amarantino Ribeiro.
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