Agentes da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) interceptaram, na semana passada, uma pedra brilhante, parecida com uma jóia, após revista em um coelho de pelúcia. O brinquedo estava em uma caixa endereçada à mulher do assaltante Marcelo Moacir Borelli, condenado a 192 anos de prisão e que cumpre pena na PEL desde dezembro do ano passado. A Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar se o envio da pedra é criminoso. A interceptação foi divulgada somente nesta segunda-feira.
O delegado-adjunto da 10 Subdivisão Policial (SDP), Jurandir Gonçalves André, disse ontem que ainda não avaliou se a pedra encontrada possui ou não valor comercial. O vice-diretor da PEL, Jorge Roberto Igarashi, acredita que o objeto não tenha valor, mas estranhou que o presente tenha sido enviado para a PEL. Antes de entregar a pedra à 10 SDP, onde está guardada em um cofre, a direção da PEL chamou um perito da Caixa Econômica Federal (CEF) para uma avaliação preliminar. O resultado, de acordo com Igarashi, não apontou preciosidade.
Igarashi negou a hipótese de que a suposta jóia, do tamanho de uma ponta de unha, serviria para pagar a fuga de Borelli da prisão. ''Isto não tem fundamento'', afirmou. Além disso, argumentou o vice-diretor da PEL, se a pedra fosse de valor, eles não a mandariam para uma unidade policial.
Segundo o delegado José Arnaldo Peron Martins, do 2º Distrito Policial, a encomenda foi enviada por uma mulher de Corumbá (MS), através dos Correios. A caixa estava no setor de revista da PEL há quase um mês. Somente na semana passada, de acordo com o vice-diretor da PEL, a pedra foi encontrada dentro de um saquinho de pano cinza no corpo do ursinho.
Jurandir André deverá encaminhar a pedra para perícia ainda esta semana.