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Mortes ocorreram em fevereiro

PM aponta legítima defesa sobre mortes de jovens da Bratac; famílias alegam parcialidade

Bruno Souza - Especial para o Portal Bonde
25 abr 2025 às 14:09

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Roberto Custódio
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A Polícia Militar do Paraná concluiu nesta quinta-feira (24) o IPM (Inquérito Policial Militar) que investigou a morte dos jovens Wender Natan da Costa Bento e Kelvin Willian Vieira dos Santos, durante uma intervenção policial no Jardim Santiago, Zona Oeste de Londrina, no dia 15 de fevereiro deste ano. O inquérito conduzido pela PM de Maringá (Noroeste) apontou que os quatro policiais agiram em legítima defesa após os suspeitos, que estariam armados, apontarem armas contra a equipe. A família, entretanto, questiona a parcialidade nas investigações.


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A investigação da Polícia Militar teve acompanhamento do Ministério Público e da Polícia Civil, que instaurou paralelamente um inquérito independente. Laudos periciais do Instituto de Criminalística e imagens de câmeras de segurança foram incluídos no processo e, segundo o relatório final, corroboram a versão apresentada pelos policiais. O documento destaca ainda que a versão dos familiares, que denunciam a execução dos jovens pelos policiais, não se confirma.

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Versão dos policiais


O caso ocorreu por volta das 22h30 na rua Belmiro de Oliveira. Segundo o BOU (Boletim de Ocorrência Unificado), a equipe da Companhia de Choque do 5º BPM fazia patrulhamento quando identificou um veículo GM/Corsa com dois ocupantes, suspeito de envolvimento em furtos a residências. Após tentativa de abordagem e perseguição, o carro colidiu com outro veículo estacionado.


De acordo com o relato dos policiais, ao descerem da viatura, os agentes se depararam com os jovens Wender da Costa Bento e Kelvin dos Santos, que teriam sacado armas e apontado na direção da viatura. Diante do que classificaram como ameaça iminente, os policiais dispararam contra os dois, que não resistiram aos ferimentos.

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Apesar de o IPM indicar indícios de crime militar, padrão em ocorrências com letalidade, a Corregedoria da PM não identificou transgressão disciplinar por parte dos agentes. A conclusão do inquérito foi homologada pelo Comandante-Geral da PM, que determinou o envio dos autos à Vara da Justiça Militar do Estado.

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A reportagem entrou em contato com o advogado Eduardo Miléo, que representa os policiais Julio César da Silva, Luiz Ricardo Monteiro da Silva, Jeferson Fontes Longas e Gabriel Ferreira de Lima Bosso, os quatro envolvidos no suposto confronto. De acordo com ele, "a defesa confia na justiça e se mantém tecnicamente trabalhando nos autos do processo, a fim do legítimo arquivamento".

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Familiares


Os familiares dos jovens contestam a versão dos policiais e se habilitaram nos autos para acompanhar a investigação. Os parentes dos mortos rechaçam a versão dos policiais, e afirmam que o carro em que os dois estavam no momento da ocorrência teria sido tomado emprestado de um lava-rápido em que um dos jovens trabalhava e que nenhum deles estaria armado.


Eles questionam a quantidade de disparos e inconsistências na versão dos policiais e também denunciam perseguição pela PM após uma série de protestos que realizaram. A apuração da Polícia Civil segue em andamento.

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A advogada das famílias, Iassodara Ribeiro, foi procurada pela reportagem para falar sobre a decisão. Ela afirma que teve acesso ao IPM somente nesta sexta-feira (25) e destaca a parcialidade nas investigações.

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"A princípio, a defesa e a família já esperavam esse resultado e também que seriam parciais em relação a esse caso, porém o documento tem que ser analisado e o que eles alegam no relatório."


Ribeiro também pontua que o IPM não pode ser considerado definitivo sobre o suposto confronto ocorrido em 15 de fevereiro, visto que o inquérito conduzido pela Polícia Civil ainda não está pronto.


"O MP (Ministério Público), juntamente com a defesa, apresentou requerimentos de diligências que ainda precisam ser cumpridos. Então, nós, como defesa, e as mães já esperávamos por esse resultado. Não nos surpreendeu", diz.


Procurada, a PMPR confirmou que o IPM foi concluído no âmbito interno, mas que vai respeitar a prerrogativa do Ministério Público para a decisão quanto a sua conclusão e possível veiculação. A SESP (Secretaria Estadual de Segurança Pública) não se manifestou.


Colaborou Celso Felizardo


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