Policiais civis do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), núcleo de Maringá, apreenderam na tarde desta quinta-feira (25), em um hospital da cidade, medicamentos contra câncer e artrite que teriam sido roubados de hospitais e farmácias da rede pública de saúde de São Paulo em meados de 2009. Segundo a polícia o hospital de Maringá comprou os medicamentos de uma empresa de São Paulo com nota fiscal e com o preço de mercado.
Foram apreendidas duas caixas do medicamento Mabthera, destinado ao combate do linfoma (câncer do sistema linfático) e artrite reumática, vendidas no mercado pelo preço de aproximadamente R$ 6 mil a caixa. Segundo a polícia o prejuízo causado aos cofres públicos de São Paulo pode chegar a R$ 40 milhões.
Segundo o delegado Fernando Ernandes Martins o Nurce iniciou as investigações quando recebeu informações de que hospitais e clínicas de Maringá teriam adquirido o medicamento de uma empresa de São Paulo e que esse medicamento teria sido roubado em meados de 2009 de hospitais e farmácias da cidade.
Leia mais:
Mulher perde R$ 34.800 em golpe de suposto pix errado em Mauá da Serra
Homem perde R$ 3,5 mil para golpista que se passou por seu filho em São Pedro do Ivaí
Dois homens são baleados em Apucarana; um estava em escola municipal
Caminhão bitrem é flagrado com quase duas toneladas de maconha em Mandaguaçu
Com base nas informações recebidas, a polícia solicitou ao Poder Judiciário a expedição de mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos de saúde de Maringá. "Durante a busca foi comprovada, através da análise das notas fiscais apreendidas, a aquisição dos medicamentos, os quais estavam aguardando para serem utilizados ou já haviam sido utilizados no tratamento de pacientes com câncer", explicou o delegado.
De acordo com a polícia o prejuízo para o hospital maringaense, onde foram apreendidas as caixas do medicamento roubado, chega a R$ 12 mil. A polícia ainda apurou que tanto o hospital como a clínica visitadas pelos agentes do Nurce foram enganados pela empresa de São Paulo, já que adquiriram os medicamentos com notas fiscais e dentro do preço de mercado.
"A empresa vendedora estava devidamente registrada e autorizada pelos órgãos competentes para a comercialização de referidos medicamentos, o que caracterizaria a boa-fé dos estabelecimentos de saúde", declarou o delegado.
Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos e a documentação apreendida será analisada pelo setor de análises do Nurce. Os resultados serão encaminhados à Polícia Civil de São Paulo para subsidiar as investigações contra os proprietários da empresa de São Paulo que vendeu os medicamentos.