Yagoo Rodrigues de Oliveira, 21 anos, pistoleiro suspeito de matar Fernando Begalli dos Santos, 30 anos, deve chegar a Arapongas, região metropolitana de Londrina, na noite desta quarta-feira (23).
Três policiais civis foram buscá-lo em Trindade, interior de Pernambuco, para ser interrogado. Eles devem percorrer aproximadamente 5.600 km - contando ida e volta - de viatura. A informação é do delegado-chefe da 22ª Subdivisão de Polícia de Arapongas, Osnildo Carneiro Leme. "Nosso policiais estão viajando direto, sem parar para descansar, para chegar o mais rápido possível. Chegando aqui, o Yagoo será interrogado", informou.
A expectativa é que o acusado preencha as brechas que existem no inquérito policial. "Esperamos que ele fale. Já estamos sabendo que um advogado está vindo para acompanhar o interrogatório e pode ser que ele opte por falar apenas em juízo", adiantou o delegado. A suspeita que ainda existe, mas não é sustentada por provas, consiste na participação do pai do empresário Carlos Henrique Artacho no assassinato. "Não temos fatos que o colocam na cena do crime. Ele apenas aparece nas imagens da câmera do posto de gasolina após o homicídio". A morte de Begalli teria sido encomendada pelo próprio Caíque, ex-patrão da vítima. "Disso, não temos dúvidas", completou.
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Yagoo é considerado um dos maiores matadores de Pernambuco. Com apenas 21 anos, ele já é suspeito de pelo menos 20 assassinatos. "No momento em que ele saía da delegacia de Trindade, muitas pessoas se aglomeraram para acompanhá-lo. Nosso pessoal precisou ser escoltado", revelou. "Ele faz parte de um grupo de extermínio naquele estado".
A família de Caíque teria conhecido o atirador devido aos negócios que mantinha no município. "Trindade é uma das maiores produtoras de gesso do País e a empresa do mandante fazia o transporte do produto para Arapongas", afirmou o delegado.
O crime
O crime ocorreu no dia 28 de setembro. Fernando Begalli dos Santos dirigia um caminhão da coleta seletiva de Arapongas pelo distrito de Aricanduva quando foi morto a tiros. Ele trabalhava no momento do crime, segundo a Polícia.O atirador teria subido no capô do caminhão e disparado nove vezes contra ele. Santos morreu na hora. O veículo era ocupado por dois homens, que seriam Carlos Henrique e o pistoleiro. A motivação do crime foi uma ação trabalhista movida pela vítima contra o ex-patrão.