Policiais do Grupo Tigre prenderam na manhã desta quinta-feira (1), uma quadrilha suspeita de sequestros e extorsões praticadas contra empresários de vários estados. Sete pessoas foram presas – cinco em Curitiba e duas em Joinvile (SC). Pelo menos seis vítimas de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Roraima já foram identificadas pela polícia.
De acordo com o delegado-chefe do Tigre, Riad Farhat, os suspeitos se passavam por fiscais da Receita Federal e ofereciam mercadorias que teriam sido aprendidas nos portos de Santos e Paranaguá para atrair suas vítimas. "Eles eram muito organizados e atraíam os empresários oferecendo, a preços abaixo do mercado, contêineres com mercadorias apreendidas. Quando chegavam nos locais eram rendidos, sequestrados e obrigados a ligar para suas empresas mandando depositar o dinheiro da falsa mercadoria", explicou Farhat.
Segundo o delegado, as investigações começaram em maio, quando um empresário de Roraima foi atraído pela quadrilha a Curitiba. No aeroporto Afonso Pena, ele foi recebido por um integrante da quadrilha e, quando seguiam para o suposto local, onde seria fechado o negócio, foram abordados por vários homens em três veículos que se intitulavam policiais.
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Levado para um cativeiro, o empresário foi obrigado a fazer contato com a empresa e confirmar que tinha concluído a compra e mandava que fosse feito depósito em uma conta determinada pela quadrilha.
INVESTIGAÇÃO – Depois de seguir várias pistas, os policiais localizaram e prenderam todos os integrantes da quadrilha. Em Curitiba foram presos Maura Lucia Pires (37), Pedro Silva dos Santos (52), José Mário Duarte (52), José Osvaldir da Luz (51), Odilom do Prado (62). Em Joinvile, a polícia prendeu Antonio Pedro Antunes (52) e seu filho, Carlos Eduardo Antunes (27). Dois revólveres calibre 38 e duas pistolas calibre 380 foram apreendidos
Os acusados têm passagens pela polícia por roubo e estelionato. Todos foram indiciados por extorsão mediante sequestro, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo (com AEN).