O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), de Maringá, em parceria com a Delegacia de Estelionato e a Polícia Militar local, prendeu um homem que utilizada o site de classificados na internet Mercado Livre, para realizar golpes, que chegaram a mais de R$ 100 mil. Segundo Francisco Alberto Caricat, delegado chefe do Nurce, Welton Leandro Valdir, 30 anos, webdesigner, é procurado em vários Estados do País. A polícia contou que ele comprava e vendia produtos na internet, mas não pagava e nem entregava as mercadorias.
Valdir, segundo a polícia, comprava eletroeletrônicos pelo Mercado Livre, na internet, utilizando e-mails falsos. "Para começar uma negociação é necessário um cadastro, em que constam dados pessoais e o e-mail utilizado. Valdir usava um e-mail falso e negociava com os vendedores on-line", explicou o delegado.
Desde janeiro deste ano, a polícia de Maringá investiga as ações de Valdir. De acordo com a polícia, uma vítima de São Paulo registrou boletim de ocorrência em sua cidade e, como a mercadoria foi enviada para Maringá, numa compra que Valdir teria feito, a queixa foi enviada para a polícia paranaense. "Foi quando começamos a investigar a ação e detectamos que havia registros como esse em Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo e em outras cidades do Paraná", relatou o delegado.
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Depois de seis meses de investigação, a polícia chegou até Valdir, na manhã desta sexta-feira (14), no bairro Jardim Alvorada, onde morava. Lá, foram apreendidos computadores portáteis (três notebooks, um palm-top), três celulares, um microcomputador e vários relógios rolex. "Só essas mercadorias valem mais de R$ 50 mil. Estimamos que o golpe ultrapasse os R$ 100 mil", disse o delegado. Valdir está preso no Nurce e foi autuado pelo crime de estelionato.
Golpe – Valdir iniciava a negociação de compra por e-mail. Quando a compra era fechada, ele informava o vendedor que depositaria o dinheiro no Mercado Pago, um setor do Mercado Livre, onde o dinheiro dos compradores fica armazenado enquanto a mercadoria não chega ao destinatário. Logo, utilizando um e-mail falsificado, Valdir enviava a mensagem, como se fosse do Mercado Pago, afirmando já havia feito o depósito.
Ao receber a falsa confirmação, o vendedor mandava o produto para Valdir. Numa situação comum, o Mercado Pago envia um e-mail para o vendedor registrando que o pagamento foi efetuado e o vendedor manda a mercadoria. "Ele enviava este e-mail para o vendedor e o vendedor enviava a mercadoria. Valdir recebia o produto e não pagava", disse o delegado. (AEN)