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Tentativa de fuga

Rebelião deixa um morto em Cascavel

Redação - Folha de Londrina
25 ago 2003 às 20:37

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Um preso morto e dois feridos foi o saldo da tentativa de fuga seguida de rebelião que aconteceu na madrugada de hoje, no mini-presídio da 15ª Subdivisão Policial (SDP), em Cascavel. Policiais militares (PMs) foram chamados para intervir na rebelião, que deixou celas destruídas e colchões queimados. Esta foi a segunda tentativa de fuga em 60 dias e, segundo as autoridades, o motivo é a superlotação.

''O mini-presídio tem capacidade para 140 presos e atualmente abriga 370 pessoas. Isto torna o trabalho da Polícia Civil inviável'', explicou o delegado titular da 15ª SDP, Valmir Soccio. A situação foi controlada ainda pela manhã e nenhum preso escapou, já que os policiais conseguiram abortar a operação.

O detento Valdair de Alencar, 26 anos, foi ferido por um golpe de estoque, que atingiu o coração. Ele foi atendido pelo Siate, mas não resistiu aos ferimentos. Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Cascavel. Alencar havia sido preso por homicídio, em Foz do Iguaçu.

A polícia já instaurou inquérito para apurar a participação dos companheiros de cela na morte do detento. Os dois feridos, Warlli Henrique Ferreira dos Santos e Adriano Rogério Zamperline de Castro, foram encaminhados para o Hospital Universitário (HU) e reconduzidos ao mini-presídio logo em seguida.

Celas e detentos foram revistados pela PM e diversos objetos suspeitos apreendidos. ''Tudo não passou de uma tentativa de fuga. Como foi abortada pela polícia, houve a tentativa de rebelião. Estavam danificando as instalações e seria muito pior se não houvesse intervenção imediata da polícia'', disse Soccio.

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Segundo ele, apenas oito policiais militares fazem a segurança do mini-presídio e cinco homens trabalham na carceragem, em forma de rodízio, para cuidar dos detentos.

''É mais do que necessária a construção de um departamento que abrigue presos provisórios ou uma Casa de Custódia. Sem essas instalações, a Polícia Civil fica refém da penitenciária e não pode fazer o seu verdadeiro trabalho que é investigar'', declarou Soccio.


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