Polícia

Suspeito de assassinar ex-mulher em igreja de Londrina assume o crime, afirma a Polícia Civil

08 abr 2022 às 13:06

O suspeito de assassinar Ligia Fernandes Silva dentro da igreja São Luiz Gonzaga, na zona leste de Londrina, na última terça-feira (5), teria assumido a autoria do crime, afirmam as autoridades policiais da Delegacia de Defesa da Mulher, em Londrina. Ele era ex-companheiro da vítima e foi detido na tarde desta quinta-feira (7), em Rio das Pedras, região de Piracicaba, no Estado de São Paulo, após capotar o carro que conduzia.


De acordo com a PCPR (Polícia Civil do Paraná), o suspeito foi autuado em flagrante em São Paulo por porte ilegal de arma e munições – ele estava com uma pistola calibre 380. Ao ser preso, teria confessado o crime de feminicídio e relatado que a arma apreendida foi a utilizada no crime. Dois aparelhos celulares também foram apreendidos com ele, que permanecerá sob custódia das autoridades paulistas.


Ainda segundo a PCPR, Lígia não registrou boletim de ameaça ou solicitou medidas protetivas na Delegacia da Mulher de Londrina em tempos recentes. O último boletim de ocorrência registrado pela mulher, em 17 de março deste ano, foi na Delegacia de Estelionato, reportando a invasão de seu perfil numa rede social que compartilhava com o indiciado. 


Um registro de lesão corporal, com solicitação de medidas protetivas, data do ano de 2018, mas, ainda de acordo com a Polícia Civil. Porém, dois dias após a concessão da medida, a própria vítima teria solicitado a revogação da medida, porque o casal havia se reconciliado.


A PCPR também informou que o suspeito não era foragido do sistema prisional, mas foi posto em liberdade mediante alvará de soltura expedido pelo TJ (Tribunal de Justiça) do Paraná em junho de 2021.


    

Como foi a prisão


Segundo a PCPR, as investigações sobre o caso foram conduzidas pela Delegacia de Defesa da Mulher de Londrina, que confirmou com testemunhas, no mesmo dia do crime, que o suspeito havia utilizado uma caminhonete Toro branca para fugir.


Na quarta-feira (6), dia seguinte ao homicídio, foi constatado, com auxílio da PRF (Polícia Rodoviária Federal) que o suspeito estava em Jaguariaíva, nos Campos Gerais, e que a caminhonete havia quebrado. Por meio de denúncia anônima, a PCPR foi informada de que o suspeito havia adquirido um Peugeot 207. Imagens de segurança de um posto de combustíveis, em que ele aparece abastecendo o veículo, confirmou a informação.


Na quinta, por volta das 12h, outra denúncia anônima feita à Delegacia da Mulher informou que o suspeito estaria em Capão Bonito (SP). Policiais paulistas confirmaram que ele teria sacado dinheiro em uma agência bancária e partiu rumo a Itapetininga (SP).


Com estas informações, policiais civil e rodoviários estaduais de São Paulo fizeram cercos em várias rodovias estaduais, até que, por volta das 16h, o veículo foi visualizado. Ele não obedeceu a ordem de parada e iniciou uma perseguição da Polícia Rodoviária Estadual com apoio da Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminosas) de Piracicaba, até que o suspeito capotou o carro e acabou detido.

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