Três suspeitos de incendiar dois ônibus em Londrina nesta semana já foram reconhecidos por testemunhas. Segundo a polícia, eles participaram da destruição de pelo menos um dos veículos. Dois já estão presos, e um continua sendo procurado. Dos oito suspeitos que foram detidos no final da tarde de sexta-feira (9), cinco permanecem presos e três foram ouvidos e liberados. As prisões foram feitas em uma grande operação conjunta realizada por policiais civis e militares que compõe a força-tarefa que está em Londrina, Norte do Paraná, para investigar o crime.
Todos os suspeitos detidos foram encaminhados para a sede da Subdivisão da Polícia Civil em Londrina, onde prestaram depoimentos e passaram por reconhecimento. Na ação, a polícia apreendeu uma metralhadora calibre 9 milímetros com três carregadores e três revólveres calibre 38, além de pequenas porções de cocaína e crack e uma balança de precisão.
Entre os detidos, Jonathas Faria Pereira e Claucides Clemente de Souza Silva foram reconhecidos e tem participação confirmada no incêndio do segundo ônibus. A polícia não descarta a participação deles no primeiro incêndio, em que os suspeitos agiram encapuzados. Além deles, foi reconhecido Moises Balestrim de Oliveira, 24 anos, suspeito de participar dos dois atentados. Ele está foragido e continua sendo procurado pela polícia.
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Também está preso Carlos Roberto Alves da Silva, 26 anos, suspeito de ser o mandante do crime. "Recebemos uma denúncia a respeito e estamos investigando. Ele teria disparado um tiro de metralhadora no bairro União da Vitória logo após o incêndio do primeiro ônibus, como se comemorasse o crime", relatou o delegado-chefe da Subdivisão de Londrina, Sérgio Luiz Barroso.
Duas pessoas que estavam na residência de Silva também foram presas. Augusto Barki, 34 anos, e Leandro Candido da Rosa, 19 anos, são primos de Silva, e segundo a polícia, apesar de eles ainda não terem sido reconhecidos, são suspeitos de envolvimento nos crimes. Na casa, foram apreendidos a metralhadora, os três carregadores, as drogas e a balança de precisão.
Silva e seus dois primos, além de serem investigados como suspeitos da participação nos incêndios, foram autuados por tráfico de drogas, associação para o trafico e posse ilegal de arma de fogo. Jonathas Faria Pereira Claucides Clemente de Souza Silva foram autuados por dano ao patrimônio público, formação de quadrilha e incêndio.
"Todos os cinco que permanecem detidos são considerados suspeitos até o momento, sendo dois já reconhecidos e autuados pelo crime. As investigações continuam para averiguar e confirmar a participação de cada um deles, assim como para identificar outros envolvidos e para descobrir a real motivação do crime", explicou o delegado.
FORÇA-TAREFA
Por determinação do secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, desde a madrugada desta sexta-feira (9) equipes do Centro de Operações Especiais (Cope) e da Força Samurai se juntaram a policiais da 10.ª Subdivisão Policial de Londrina para investigar e prender os responsáveis por incendiar dois ônibus do transporte coletivo da cidade.
Os grupos especiais das polícias civil e militar se deslocaram para a cidade horas depois do segundo ônibus ter sido incendiado. Eles trabalham integrados com policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
O primeiro ataque aconteceu na quarta-feira (7) à noite, na Zona Sul da cidade. Homens armados e encapuzados ameaçaram passageiros, esvaziaram o ônibus e atearam fogo ao veículo. Na quinta (8), um grupo de jovens agiu na Zona Leste de maneira similar, incendiando outro veículo.