Suzane von Richthofen, ré confessa do assassinato dos pais, Manfred e Marísia, no dia 31 de outubro de 2002, desmentiu a versão dada pelo ex-namorado, Daniel Cravinhos, de que seria a mentora do crime.
O julgamento de Suzane e dos irmãos Cristian e Daniel começou nesta segunda-feira (17) em São Paulo. Os trabalhos recomeçam nesta terça-feira (18), às 10 horas. A jovem disse estar arrependida de ter se envolvido com a família de Cravinhos e disse que só participou do crime por estar cumprindo ordens do namorado.
Já no depoimento de ontem Daniel disse que a autoria intelectual do crime é de Suzane, a quem namorava à época. O rapaz disse que ela era frequentemente agredida pelos pais ''verbal e fisicamente''. Disse ainda que ela reclamava que o pai tentava ''tocar em suas partes íntimas'' nos ataques. Ele também inocentou o irmão de participar da ação.
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Suzane ainda insinuou que o pai de Daniel, Astrogildo Cravinhos, também teria ligação com o crime por estar interessado na herança dela. No entanto, Suzane disse não ter provas dessa ligação.
O advogado dos irmãos, Geraldo Jabur, chamou Suzane de mentirosa, após seu interrogatório, e pediu uma acareação entre os três réus. A acareação deverá ser decidida pelo juiz Alberto Anderson Filho, presidente do 1º Tribunal do Júri, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).
Contradições
Suzane contradisse várias versões apresentadas por Daniel, entre elas a questão de sua virgindade. Suzane disse que teve a primeira relação sexual em janeiro de 2000, durante suas férias, com Daniel. Ele, porém, disse que ela já tinha namorado antes e que havia lhe dito que perdeu a virgindade aos 14 anos.
Suzane afirmou também que a primeira vez que experimentou maconha foi na noite de Natal de 1999, cerca de um mês após começar a namorar Daniel. No entanto, Daniel afirmou que ela já fumava muito antes de os dois se conhecerem e negou ter oferecido drogas à jovem. Ele disse, inclusive, que começou a fumar maconha depois que conheceu a garota.
Daniel disse que a relação de Suzane com os pais, Manfred e Marísia, era conflituosa e que ela era espancada e já havia sofrido abuso sexual por parte do pai. Suzane negou que tivesse sido violentada e declarou que vivia com uma família normal e bem estruturada.
Fonte: Terra e Folha Online