Policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Núcleo de Curitiba, prenderam, na manhã desta quarta-feira (12), parte de uma quadrilha de traficantes, que abastecia Curitiba com crack e cocaína, provenientes de Santa Catarina. Batizada como Latitude 26 (posição das cidades catarinenses de Blumenau e Gaspar no mapa), a operação tinha como objetivo cumprir 11 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba.
Durante as ações no Bairro Alto e Cajuru, foram presos oito suspeitos de participação na quadrilha e apreendidos uma pistola calibre 380, uma pistola Beretta calibre 22, um revólver calibre 38, R$ 31 mil em dinheiro, R$ 600 em cheques, 320 gramas de cocaína, uma pequena porção de maconha, e duas balanças de precisão.
De acordo com o delegado Renato Bastos Figueiroa, as investigações iniciadas há cinco meses identificaram Valtencir Barbosa, 35 anos, e Elizabeth Teresinha Cavali, 40, residentes em Blumenau (SC), como responsáveis por semanalmente enviar 10 quilos de crack e cocaína para Curitiba. "A droga era trazida pela Elisabeth que escondia em compartimentos do seu carro. Quando chegava à capital, o entorpecente era revendido para traficantes da cidade" explicou Figueiroa.
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ENVOLVIDOS
No período que durou os trabalhos de investigação, foram identificados João Vieira de Alvarenga Junior, 37, Salete Ferreira de Oliveira,45, Daniel Soares, 36, Willian Celso da Silva, 26, Anderson Marcel Hambrusch, 28, Jose Lira da Silva, 42, e Paulo César Ferreira, 44, como os principais revendedores da droga vinda de Santa Catarina. Ainda segundo as investigações, Geandra Aparecida Antunes, 30, e Adriana Regina Cavali, 34, eram as responsáveis pelo armazenamento das drogas até que fossem comercializadas.
Segundo as investigações, Valtencir possui um posto de combustíveis na cidade de Gaspar (SC), que pelo que foi apurado, estaria sendo usado para lavagem de dinheiro dos traficantes. "Esse posto vai ser alvo de uma investigação minuciosa para levantar se a contabilidade do estabelecimento estava sendo usada para camuflar os lucros obtidos com a venda de drogas" disse o delegado.
Dos envolvidos, apenas Paulo César, Adriana e Valtencir não foram presos durante a operação. Todos vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. As investigações continuam para apurar se há participação de familiares dos presos no tráfico, além de um levantamento completo para descobrir como o grupo fazia a lavagem do dinheiro apurado com a venda das drogas.
A operação contou com o apoio dos Núcleos da Denarc do interior, Delegacia de Homicídios, Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), e do Canil da Companhia de Choque da Polícia Militar. Equipes continuam as buscas para tentar localizar e prender os foragidos.