A estudante Karoline Verri Alves, 16, vítima do ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, era coroinha na paróquia Santo Antônio de Cambé, onde seus pais atuam como coordenadores de uma comunidade católica.
A estudante morreu após ter sido atingida por tiros disparados por um ex-aluno de 21 anos na manhã desta segunda-feira (19). O namorado de Karoline, da mesma idade que ela e aluno da escola, também foi baleado e está internado em estado gravíssimo, de acordo com nota divulgada pela direção do HU-UEL (Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina), onde o adolescente está internado.
Até o início da noite desta segunda-feira (19), o corpo de Karoline não havia sido liberado pelo IML (Instituto Médico Legal). Familiares e amigos esperam iniciar o velório ainda nesta segunda, no salão paroquial da Igreja Matriz de Cambé. O enterro está previsto para as 17h desta terça-feira (20), no cemitério municipal da mesma cidade.
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A Polícia Civil investiga as motivações do crime. O agressor foi preso e encaminhado para Londrina, segundo a Polícia Militar.
No perfil da paróquia Santo Antônia, foi publicada uma homenagem à vítima.
"A Paróquia Santo Antônio de Cambé, em particular a Comunidade Católica Nossa Senhora do Divino Amor, no Jardim Primavera, estão de luto pela morte violenta da jovem Karoline Verri Alves, no Colégio Professora Helena Kolody, onde estudava, na manhã desta segunda-feira, 19 de junho de 2023. Os pais da Karoline, Dilson Antônio e Keller Cristhina Alves, são coordenadores da Comunidade. A jovem era atuante na Igreja, foi coroinha e participava do Grupo de Jovens Illumi", inicia a nota.
"Na missa solene de Corpus Christi, no último dia 8, celebrada no Instituto Nossa Senhora Auxiliadora (INSA), entrou, na Procissão da Palavra, com o Lecionário, acompanhada dos pais e dos irmãos.
Neste momento de dor, a Paróquia Santo Antônio de Cambé e a Comunidade Nossa Senhora do Divino Amor transmitem os sentimentos e fazem orações pelos familiares das vítimas e à comunidade escolar psicologicamente abalada. Informações sobre o velório e sepultamento serão repassadas no decorrer do dia", conclui a nota da Pascom paroquial.
Em entrevista à imprensa em Curitiba, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) disse que informações iniciais apontam que um professor teria segurado o atirador. Segundo Ratinho, o docente teria passado por um treinamento recente, após sequência de ataques a escolas do país nos últimos meses.
"A informação que temos é que o professor que conseguiu imobilizar o ex-aluno foi alguém que passou pelo treinamento feito pela nossa equipe de segurança pública, 60, 90 dias atrás", disse o governador.
Mais cedo, o governo do Paraná já havia dito, em nota, que o atirador entrou na escola alegando que solicitaria o seu histórico escolar. O governador decretou luto oficial de três dias e lamentou o episódio.
(Atualizado às 19h30 com informações preliminares sobre o velório e sepultamento)