O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) chegou a passar informações preliminares que indicam que o ex-aluno de 21 anos que promoveu um ataque a tiros nesta segunda (19) no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina) teria sido imobilizado por um professor que teria passado por treinamento sobre como proceder em eventuais ataques a escolas. Entretanto, após as declarações, o secretário de Segurança Pública do Estado, Hudson Leôncio Teixeira, não confirmou o fato.
Segundo a Polícia, o homem que imobilizou o atirador era uma pessoa de fora do colégio, sem vínculos com os estudantes e que trabalha próximo a unidade escolar. A identidade do herói da tragédia não foi revelada por questões de segurança e o homem foi ouvido como testemunha no inquérito policial.
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"A informação que temos é que o professor que conseguiu imobilizar o ex-aluno foi alguém que passou pelo treinamento feito pela nossa equipe de segurança pública, 60, 90 dias atrás", chegou a dizer o governador, sem dar outros detalhes.
O ataque ocorreu por volta das 9h. Uma aluna de 16 anos morreu e outro estudante da mesma idade está internado em estado gravíssimo. "Quando o atirador iniciou os disparos houve um alvoroço e o homem foi até o local para contê-lo e logo depois chegou a polícia militar numa ação muita rápida", disse o delego chefe da Polícia Civil em Londrina, Amarantino Ribeiro. "A gente prefere manter a identidade da pessoa que ajudou a conter o atirador em sigilo", completou.
TREINAMENTOS
De acordo com a Seed (Secretaria de Estado da Educação), o primeiro Treinamento de Segurança Escolar Avançado em unidades da rede estadual aconteceu em março, em um colégio de Curitiba, onde foi feita uma simulação de invasão, com uso de simulacros de armas branca e de fogo.
A partir dessa simulação, foi produzido um material em vídeo, distribuído depois para todas as demais escolas da rede estadual, inclusive para as de Cambé.
Segundo a Seed, a simulação foi conduzida por cerca de 20 instrutores das forças de segurança, que orientaram alunos e professores sobre medidas de emergência. A ação foi organizada pela pasta e pela Polícia Militar, por meio de equipes do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
Na mesma entrevista, Ratinho Junior afirmou que é necessário aguardar a investigação sobre o ataque em Cambé para entender as circunstâncias do crime e estudar medidas que poderão ser adotadas. Segundo ele, a a PM chegou rápido ao local.
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