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Operação Lava Jato

17 dos 46 indiciados pela PF integram 'núcleo Youssef'

Rubens Chueire Jr.- Folha de Londrina
17 abr 2014 às 08:44

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O núcleo criminoso do doleiro londrinense Alberto Youssef, personagem central da Operação Java Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF), possui a maior quantidade de indiciados de toda a investigação, apontou um dos quatros relatórios encaminhados na última terça-feira à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal (MPF). São 17 pessoas, incluindo o próprio Youssef. Entre elas estão o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa; Leonardo Meirelles, sócio da Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia; e Enivaldo Quadrado, que já foi condenado no processo do mensalão e cumpria pena alternativa no interior de São Paulo.

A PF também apresentou outros três relatórios que compõem a Operação Lava Jato, um para cada quadrilha de doleiros presos - Nelma Kodama, Raul Henrique Srour e Carlos Habib Charter. No total, a PF confirmou ontem que 46 pessoas foram indiciadas, sendo que 15 permanecem presas (uma em Curitiba e outra em São Paulo) e duas pessoas estão foragidas.

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Segundo os delegados do caso, Márcio Adriano Anselmo e Erika Mialik Marena, cada inquérito investigou a atuação de uma dessas quatro organizações que eram lideradas pelos doleiros. Estes grupos, destaca a PF, embora fossem independentes entre si, possuíam negócios em comum relacionados à lavagem de dinheiro. A maioria dos suspeitos respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro (operação de instituição de câmbio sem autorização, evasão de divisas e falsa identidade em contrato de câmbio) e falsidade ideológica. Conforme a polícia, dois doleiros (nomes não foram confirmados) ainda foram indiciados por financiamento ao tráfico de drogas diante de indícios da ligação deles com traficantes.

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Operação

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A PF ainda detalhou que durante a Lava Jato foram cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva, 12 de prisão temporária e 27 conduções coercitivas. A Justiça Federal autorizou o sequestro de três hotéis e seis residências de alto padrão. Foram apreendidos 25 veículos com valores de mercado superior a R$ 100 mil cada. A polícia também apreendeu aproximadamente R$ 6 milhões em espécie, além de centenas de joias e várias obras de arte, que serão destinadas ainda nesta semana ao Museu Oscar Niemeyer (MON) de Curitiba, para custódia.


Desdobramentos

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A PF ainda informou que deve abrir novos inquéritos para investigar principalmente fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, corrupção ativa e passiva e sonegação fiscal. Nessa etapa os trabalhos de apuração vão tentar identificar servidores e administradores públicos e políticos envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro.


MPF
Os inquéritos já estão sendo analisados pelos seis procuradores que compõem a força-tarefa designada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Caberá ao MPF no Paraná decidir se mantém as acusações e apresenta denúncia à Justiça Federal contra os suspeitos ou parte deles. Os procuradores terão cinco dias para apresentar a denúncia e a decisão de abertura dos processos fica a cargo do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro. A expectativa é de que a denúncia seja apresentada até a próxima terça-feira, entretanto, por causa da força-tarefa, alguma decisão pode ser anunciada antes do final do prazo.

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Defesas
O advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Bastos, informou que vai aguardar a denúncia do MPF, para entrar com alguma medida judicial em favor de seu cliente. A defesa de Carlos Habib Chater, em Brasília, também afirmou que não vai se manifestar sobre o assunto enquanto o MPF não divulgar sua decisão sobre o caso. O advogado de Nelma Kodama, Marden Maués, disse que na próxima semana deve entrar com um pedido de revogação da prisão de sua cliente. Ele ressalta que todas as provas sobre o caso já foram colhidas e que as investigações estão avançadas, não havendo necessidade de se manter a prisão de Nelma.


Em nota oficial, o advogado de Paulo Roberto Costa, Fernando Fernandes, disse que já pediu a revogação da prisão do ex-diretor da Petrobras ao juiz de plantão na Justiça Federal do Paraná. Além disso, Fernandes também ingressou com um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. No pedido a defesa esclarece que deseja "apenas que sejam assegurados os direitos do preso, dentre eles o de ser transferido para um presídio no Rio de Janeiro, onde mora", reivindica o advogado.


O pedido de transferência dos presos da carceragem da PF para presídios paranaenses e para a Penitenciária Federal de Catanduvas ainda não foi apreciado pelo juiz da Vara Federal de Curitiba.

Leia mais na edição desta quinta-feira (17), na Folha de Londrina.


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