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56 deputados assinaram duas CPIs mistas da Petrobras

Agência Estado
03 abr 2014 às 21:59

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Levantamento feito pela Agência Estado revelou que 56 deputados federais assinaram as duas CPIs mistas da Petrobras. Por outro lado, nenhum senador subscreveu os dois requerimentos, o apresentado ontem pela oposição que tem como foco suspeitas de irregularidades da estatal e o protocolado nesta quinta-feira pela base aliada que, além de copiar integralmente o objeto dos oposicionistas, pretendem investigar casos relacionados ao PSDB, de Aécio Neves, e ao PSB, de Eduardo Campos, prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff (PT) em outubro.

A oposição pediu a criação de uma CPI mista com o apoio de 232 deputados e 30 senadores. No início da tarde de hoje, foi a vez da base contra-atacar e contar com o apoio de 209 deputados e 32 senadores.

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A bancada do PDT da Câmara foi a que contribuiu com o maior número de apoio para a criação das CPIs da base e da oposição. Dos 18 deputados do partido, 11 subscreveram os dois pedidos. Em segundo lugar, está o PR: dos 31 deputados do partido, oito assinaram os dois requerimentos, inclusive o ex-líder da bancada e ex-governador do Rio Anthony Garotinho. O PP, também com oito apoios, empata com o PR em número de apoios, mas a diferença é que a bancada progressista é maior, tem 39 integrantes.

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O cruzamento revelou o apoio duplo de parlamentares do DEM (1), PCdoB (1), PDT (11), PMDB (6), PP (8), PPS (1), PR (8), PRB (4), PROS (1), PSD (6), PSDB (1), Psol (3) e SDD (5). O Psol foi o único partido com apoio unânime: Chico Alencar (RJ), Jean Wyllys (RJ) e Ivan Valente (SP).


A decisão sobre a criação das CPIs mistas só deve sair no dia 15 de abril, quando haverá a sessão do Congresso na qual serão lidos os requerimentos apresentados pela base e pela oposição. Antes disso, na próxima semana, o Senado decidirá qual das duas CPIs da Casa vai ser instalada, a oposicionista ou a "ampliada" governista.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse na tarde de hoje que a decisão do plenário relativa à CPI exclusiva dos senadores deve servir de parâmetro para uma discussão sobre a abrangência das investigações da comissão mista da Petrobras. Vital reconheceu o ineditismo da matéria. "Geralmente se faz o aditamento após o início da CPI, mas não há manifestação jurídica de que o fato determinado não pode ter amplitude desde que você coloque no requerimento o que quer", afirmou.


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