Na área educacional, o destaque é o acordo dentro do contexto do programa angolano "Escola para Todos".
As prioridades do documento serão implementadas imediatamente nesta primeira fase de cooperação entre os dois países.
O Brasil dará apoio ao governo angolano para capacitar mais de sete mil professores e na preparação de material didático para os níveis básico e secundário.
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A chefe da Divisão de África-2 do Ministério das Relações Exteriores, Irene Vida Gala, lembrou que o governo angolano pretende tomar medidas na área de educação após a recente guerra interna no país.
"Eles têm um universo de alunos que precisam encontrar novas salas de aulas, já que as antigas foram destruídas com a guerra e não houve possibilidade de construir escolas. E o governo está fazendo todos os esforços para reconstruir essas estruturas", ressaltou.
Irene Gala destacou ainda que não adianta ter apenas novos prédios: "É preciso ter professores, é preciso ter um novo planejamento de ensino, e por isso o governo angolano veio pedir apoio ao Brasil, para levantar essa estrutura de educação. É um projeto de médio e longo prazo", completou.
Ainda sobre os acordos que serão assinados entre Brasil e Angola, a chefe da Divisão de África-2 informa que "a Embrapa brasileira é uma instituição reconhecida na África e tanto em Angola como em Moçambique será implementado o projeto de transferência do trabalho de pesquisa, a fim de formar estruturas já chamadas de 'Embrapinhas' para que esses países, com vocação agrícola muito forte, venham a ter desenvolvimento neste setor", disse.
Um projeto de extensão rural também fará parte desses acordos de cooperação entre Brasil e Angola. A Universidade de Viçosa (MG) e a Emater estão trazendo as suas experiências para desenvolver um trabalho na área agrícola.
Na área de petróleo, Irene Vida Gala lembrou que Angola é um dos grandes produtores da África, mas a extração é feita no mar.
"No passado, até a época colonial, eles extraíam petróleo em terra, mas durante a guerra esses campos foram abandonados. Agora, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) fará estudos de viabilidade dessas antigas bacias terrestres e iniciará um levantamento de dados que também pode ser útil para a indústria petrolífera brasileira. A exploração em terra tem custo inferior ao da exploração no mar, o que poderá ser interessante para pequenas empresas", concluiu Irene.
Fonte: Agência Brasil