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Aécio vê rompimento e fisiologismo na carta de Temer a Dilma

Agência Estado
09 dez 2015 às 10:49

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O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta terça-feira, 8, que a carta do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), na qual faz duras críticas à presidente Dilma Rousseff, é um claro sinal de rompimento entre os dois. "A questão central é que o presidente do PMDB e vice-presidente da República, no entendimento do PSDB, se afasta definitivamente do governo", disse.

O tucano criticou, no entanto, o tom "fisiológico" usado por Temer no documento. "Talvez fosse mais apropriado discutir na carta mais questões do País que assuntos de caráter pessoal e interno", afirmou Aécio. Segundo ele, o vice perdeu a oportunidade de se colocar como estadista num momento de crise e preferiu demonstrar preocupação com cargos: "Acho que houve ali um destaque excessivo para nomeação ou ausência de nomeações".

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No texto, Temer reclama que a presidente não renovou no segundo mandato a Secretaria da Aviação Civil, que era ocupada por um de seus aliados, Moreira Franco (PMDB-RJ). Também se queixa de que a presidente nomeou este ano dois ministros indicados pelo líder da bancada peemedebista na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), sem consultá-lo. "A senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado", acrescentou Temer. Edinho chefiava a Secretaria dos Portos.

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A moderação de Aécio em relação à carta de Temer está relacionada à repercussão negativa do documento nas redes sociais. Aécio, que ficou em segundo lugar na eleição presidencial do ano passado, tem procurado se manter sintonizado com a opinião pública.


O tucano também tem sido mais comedido nos ataque diretos à presidente. Quando fala do impeachment, o senador busca ressaltar que é importante avaliar o mérito da peça de pedido de afastamento em vez de simplesmente defender a saída sumária da presidente do cargo.

O presidente do PSDB também disse que verá com "calma" a acusação de que Temer também assinou decretos com gastos extraordinários do Orçamento - um dos principais argumentos para o processo de impeachment de Dilma. "Não estou pensando em entrar com pedido de investigação ainda", disse. "É um assunto que veremos mais adiante", completou. A posição de Aécio diverge da opinião do líder da minoria no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), que vai levar o caso ao Tribunal de Contas da União (TCU). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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