O secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, explicou que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - em vigor desde maio do ano passado - traz dificuldades às administrações, que têm limites nos gastos com a folha de pagamento do funcionalismo, entre outras restrições. No caso do Paraná, o problema está no número de inativos. Hoje são 80 mil (do total de 205 mil), mas a tendência é o número aumentar nos próximos anos.
O Executivo pode gastar no máximo 49% da receita com pessoal. Hoje o Estado gasta 55%. Os servidores inativos são responsáveis por um déficit mensal de R$ 90 milhões nos cofres públicos, de acordo com a Secretaria da Fazenda.
O presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PTB), já alertou que em dois ou três meses o governo pode não conseguir pagar a folha do funcionalismo, que consome R$ 260 milhões todos os meses. A arrecadação mensal é de R$ 360 milhões, de acordo com Guerra. O secretário da Fazenda, Ingo Hubert, sustenta que o governo tem recursos para pagar os servidores.
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Segundo Alceni Guerra, a Paraná Previdência (que já recebeu a injeção de mais de R$ 1 bilhão, basicamente da antecipação dos royalties da usina de Itaipu) precisa de mais R$ 2,5 bilhões para livrar o Estado do déficit mensal de R$ 90 milhões.