O senador Alvaro Dias (PDT) chega a disputa por um segundo mandato como governador do Paraná com a promessa de contar com os quatro anos de governo já planejados. Com um currículo que inclui 32 anos de vida pública, onde ocupou cargos de vereador, deputado estadual, duas vezes deputado federal, duas vezes senador e uma vez governador (1987-1991), Dias chega a mais uma eleição agora trocando farpas com o seu ex-aliado, a quem ajudou também a eleger governador, o peemedebista Roberto Requião (PMDB). Na série de entrevistas com os principais candidatos ao Palácio do Iguaçu, Dias fala sobre as suas propostas à reportagem da Folha.
Folha de Londrina - A questão da segurança, hoje, é uma das maiores preocupações da população das cidades paranaenses. O que o senhor pretende fazer para resolver o problema?
Alvaro Dias - A nossa equipe já planejou tecnicamente os quatro anos de gestão, definindo as prioridades em função da previsão de receita direta e indireta. Nós estaremos destinando para o setor de segurança pública R$ 4,7 bilhões, o que corresponde investir 109% a mais do que se investiu nos últimos quatro anos. Esperamos duplicar o efetivo da Polícia Civil e aumentar em 25% o da Polícia Militar no decurso dos quatro anos. Além dos equipamentos necessários, creio eu que é essencial a postura do governo. Tem que adotar uma postura de vigor, de energia e radicalidade no combate ao crime no Estado. É a frouxidão do governo que estimula a violência, por isso é que utilizamos a expressão ‘contra o crime, tolerância zero’.
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Folha - Tem se observado nos últimos anos, que quando um delegado é acusado em algum tipo de crime, ao contrário de haver a punição, ele acaba promovido. Como o seu governo agirá nesses casos?
Alvaro Dias - Eu acho que é fundamental o saneamento da polícia do Paraná. Até para se impor esse comportamento renovado de radicalidade no combate ao crime, você precisa ter uma polícia com credibilidade. Obviamente um policial deve ter um roteiro de julgamento compatível com a função de exerce. Além das exigências naturais e necessárias em relação ao comportamento do policial, na outra ponta está a necessidade da valorização do policial como servidor público especial.
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