Depois de passar 20 dias nos Estados Unidos, o senador Alvaro Dias retornou a Curitiba e passou o dia em seu escritório, coletando opiniões e analisando qual será seu melhor destino político. O senador enfrenta processo de expulsão do PSDB por ter se recusado a retirar a assinatura do requerimento de criação da CPI da Corrupção. Alvaro pretende decidir novo partido em agosto. O senador não quer se precipitar e avalia propostas.
Alvaro comemorou o resultado da pesquisa do Instituto Datafolha, que o coloca como o favorito na corrida pela sucessão de Jaime Lerner (PFL). Para ele, o resultado da pesquisa pesa muito nas negociações com outros partidos. Apesar da iniciativa da expulsão ter partido da cúpula nacional do partido, aliados do senador tentam, nos bastidores, reverter o processo.
A executiva nacional do PSDB tem reunião marcada para hoje. A Comissão de Ética vai tratar do processo de expulsão do senador, e a cúpula tucana pode ainda optar por uma intervenção no diretório estadual, comandado pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly, do grupo de Alvaro. Hauly refuta essa possibilidade, argumentando que conta com o aval do presidente Fernando Henrique Cardoso para ocupar o cargo.
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Com a saída de Alvaro, o PSDB tornou-se uma opção atraente para o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PTB), mas aliados dizem que ele não se sentiria confortável no ninho tucano com Hauly como presidente do diretório estadual.
Nota publicada ontem no jornal Folha de S. Paulo diz que o ex-governador José Richa, pai de Beto, voltaria ao PSDB, mas só depois de outubro para não ser convidado a disputar nenhum cargo em 2002. Richa nega que tenha intenção de disputar o governo do Estado.