O senador Álvaro Dias não compareceu à reunião do diretório do PSDB desta segunda-feira (22), que referendou o prefeito de Curitiba, Beto Richa, como pré-candidato do partido ao governo do Paraná. Richa teve 41 dos 42 votos dos correligionários.
Em seu blog, Álvaro diz que a decisão tomada pelo partido não terá efeito legal junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
"Até pensei em ficar calado. Não devo em respeito aos que me indagam e até me desejam sorte na reunião do diretório. Não, não irei. A reunião afronta a legislação ao desrespeitar o calendário eleitoral estabelecido. Se combato a ilegal antecipação da campanha eleitoral, como poderia compactuar com essa ilegalidade?", argumenta.
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Álvaro ainda questiona as circunstâncias em que foi formado o atual diretório estadual do PSDB, que teve mandato prorrogado em agosto do ano passado sob a condição de que a escolha do candidato se daria por pesquisa de opinião pública.
O senador ainda apresenta uma lista de consequências políticas com a escolha de Beto Richa, entre eles o fato da prefeitura de Curitiba passar para as mãos do PSB, do candidato à presidência Ciro Gomes; do palanque de Dilma Rousseff (PT) ficar fortalecido com a candidatura de Osmar Dias e a redução "expressiva" da bancada tucana na Assembleia e Câmara dos Deputados.
"Não estou me posicionando contra quem quer que seja dos meus companheiros. Devemos buscar a estratégia que mais nos aproxime da vitória e não dela nos distancie como alguns querem, ignorando a importância do projeto nacional. O Partido é nossa ferramenta de luta e o Paraná e o Brasil devem ser as razões de nossas preocupações", analisa o tucano, que encerra o texto com uma provocação aos 'companheiros de partido'. "A omissão não é boa companheira, por isso assumo a responsabilidade pelas consequências de minhas atitudes. Aliás, é bom que cada um assuma a sua responsabilidade pelas consequências inevitáveis da imprudência".