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Alvaro Dias diz não ter mágoa de Sergio Moro e resiste em tentar novo mandato

José Marcos Lopes - Especial para a Folha
17 set 2023 às 12:02
- Isaac Amorim/MJSP
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Filiado ao Podemos desde 2017 e derrotado na eleição do ano passado, quando Sergio Moro foi eleito senador, o ex-senador Alvaro Dias diz não ter mais disposição para concorrer a um cargo público. “Há uma indisposição a um eventual retorno, mas não quero tomar uma decisão precipitada”, afirma. “Essa indisposição é resultante dessa dicotomia com a qual não me conformo. Não podem existir somente dois livros para serem lidos, o da direita e o da esquerda. Existe espaço para outras correntes”.


O ex-senador diz não ter mágoas de Moro, que foi convidado por ele para se filiar ao Podemos (o ex-juiz acabou deixando o partido, por onde inicialmente se candidataria a presidente, e concorreu ao Senado pelo União Brasil, derrotando o "padrinho" nas urnas). “Concorri a esse mandato e não fui bem sucedido. Aprendi a respeitar decisões da população e nunca transferi a responsabilidade. Se eu não fui bem sucedido, cabe a mim assumir a responsabilidade pelo insucesso”, afirma o ex-governador à FOLHA. Nesta semana, ele participou em Londrina do lançamento de sua biografia, "A travessia de Alvaro Dias”, escrita pelo jornalista José Antonio Pedriali.

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Os 55 anos de vida política de Alvaro estão na biografia, em que Pedriali relata a trajetória da família que deixou Quatá (SP) para trabalhar no cultivo de café no norte do Paraná, os dias do político como professor de História e radialista em Londrina e sua primeira eleição para vereador, em 1968, até a eleição do ano passado, quando ele não conseguiu sua reeleição para o Senado.

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Cavalos e CPI da corrupção

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Pedriali também relata a passagem mais polêmica da trajetória de Alvaro Dias. No dia 30 de agosto de 1988, quando ele era governador do Paraná, a Polícia Militar jogou bombas contra professores que faziam uma manifestação no Centro Cívico e avançou com a cavalaria sobre os manifestantes. A data é lembrada até hoje pelo APP-Sindicato, que representa a categoria. Segundo Pedriali, os manifestantes tentaram invadir o perímetro estabelecido pelos policiais, que usaram quatro granadas de efeito moral. Vinte pessoas ficaram feridas e os militares foram inocentados em 1992 pela Justiça Militar.


Outra passagem registrada na biografia foi o embate com o PSDB, mesmo partido do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2001, Alvaro Dias e seu irmão, Osmar Dias, que também era senador e filiado ao PSDB, apoiaram a criação da CPI da Corrupção. Havia suspeitas de que o INSS concedia benefícios falsos e de que o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca superfaturavam o preço das obras. Alvaro acabou expulso do PSDB e se filiou ao PDT, partido pelo qual disputou o governo do Paraná em 2002 (foi derrotado por Roberto Requião). Em 2003, o paranaense foi convidado a voltar para o PSDB.


LEIA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA.


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