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Senador paranaense

Alvaro Dias volta a propor CPI da Corrupção

Agência Senado
05 dez 2011 às 18:05

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- Pedro França / Ag. Senado
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Ao comentar o pedido de demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) voltou a propor, nesta segunda-feira (5), a criação de uma CPI da Corrupção. Para defender os "resultados inegáveis" que uma CPI traria, Alvaro lembrou que, no domingo (3), a CPI do Futebol, presidida por ele, completou dez anos, tendo proporcionado avanços importantes na legislação e na administração do esporte no país.

"A persistência em relação ao modelo de loteamento de cargos entre os partidos que compõem uma coalizão de força fisiológica incomum compromete a eficiência administrativa e, repito, abre portas para a corrupção. Manter o modelo é lubrificar a máquina que fabrica escândalos no Brasil. Lastimavelmente, é o que nós estamos verificando nesta segunda-feira, com a demissão do ministro Carlos Lupi, que sucumbiu, diante das pressões das denúncias, e pediu para ir embora", disse Alvaro.

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O senador criticou a presidente Dilma Rousseff por manter Lupi no cargo, após as primeiras denúncias, até a situação ficar insustentável. Segundo ele, Dilma se posicionou como "advogada de defesa", mas acabou perdendo a causa.

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CPI do Futebol

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Alvaro Dias relatou que a CPI do Futebol ajudou a restituir aos cofres públicos R$ 160 milhões e propôs o indiciamento de diversos dirigentes de clubes esportivos, que deixaram de ser reeleitos por sucessivos mandatos para gerir suas agremiações, como foi o caso no Vasco da Gama (RJ).


"Alguns cronistas, dos mais renomados do país, afirmaram que a administração do futebol brasileiro teve duas fases: uma até a CPI; a outra depois da CPI. O futebol, que movimenta no mundo mais de US$ 200 bilhões por ano, não pode ser, de forma alguma, ignorado pelas autoridades brasileiras", observou o senador.

Alvaro Dias explicou também que a CPI propicia responsabilização administrativa e criminal. Ele ressaltou, porém, que os desdobramentos das investigações das comissões parlamentares, muitas vezes, dependem do Poder Judiciário. Por isso, considerou uma "enorme injustiça" dizer que toda CPI "termina em pizza".


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