Os senadores paranaenses Alvaro Dias e Osmar Dias, ambos do PSDB, decidiram reverter a situação e partiram para o contra-ataque. Interlocutores próximos aos tucanos informavam, no início da noite, que a meta é destituir o presidente nacional do partido, o deputado José Anibal (SP), do cargo.
O secretário-geral do PSDB no Paraná, Haroldo Ferreira, anunciou que vai entrar com uma ação na Justiça para anular a convenção que elegeu Anibal, realizada em maio passado. A alegação é que teria havido tentativa de golpe contra os paranaenses.
"A lista de votação, com a chapa única que compõem o diretório nacional, foi alterada", afirmou. Seriam 16 mudanças entre os titulares e 59 entre os suplentes, que incluiriam os nomes do ex-senador José Richa e de Euclides Scalco, presidente brasileiro da Itaipu e coordenador da Câmara de Gestão de Energia Elétrica. Segundo Ferreira, Osmar a Alvaro poderiam estar fora da lista. "Vamos solicitar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a lista original de votação", disse o secretário-geral. Richa e Scalco não são filiados ao PSDB. Scalco deixou o PSDB quando Alvaro entrou.
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Anibal não gostou da retaliação dos irmãos Dias, que foram ameaçados de expulsão por terem se recusado a retirar as assinaturas da CPI da Corrupção (encampada pela oposição para investigar o governo FHC). Em entrevista à jornalista Lilian Witefibe, Anibal rebateu as acusações de Ferreira. "Isso é provocação. Nem sei que lista é essa".
Com apoio velado do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o presidente nacional do PSDB, deputado José Aníbal (SP), e o líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio Neto (AM), decidiram enfrentar a bancada no Senado, que é contrária à expulsão dos irmãos Dias do partido e reafirmaram hoje que a decisão de punir os dois parlamentares será aprovada na reunião da executiva.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira