O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, abriu a audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, na qual prestará novas explicações sobre as denúncias de corrupção e tráfico de influência contra ele, adotando uma postura contida, em contraste com o estilo irônico nas manifestações anteriores. Durante uma conversa com a presidente na quarta-feira (16), Dilma Rousseff pediu ao ministro que apresente nesta quinta (17) explicações convincentes. Lideranças da base aliada admitiram que o estilo demasiado irônico do ministro não o ajuda.
Lupi enfatizou aos senadores que não mentiu em seu depoimento na semana passada na Câmara quando disse que não conhecia o empresário Adair Meira, dirigente da ONG Pró-Cerrado, que tem contratos milionários com o Ministério do Trabalho.
"Nunca neguei que o conheço, não disse isso", afirmou Lupi, que afirma ter sido mal interpretado. Recorrendo às notas taquigráficas do depoimento da semana passada, Lupi disse que foi questionado se tinha "relações" com Adair Meira. Mas segundo Lupi, ele não mentiu porque, realmente, não teria "nenhuma relação pessoal" com Meira, "não sou amigo dele".