Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Índice baixíssimo

Apenas 1% dos réus com foro são condenados, diz levantamento

Agência Estado
16 fev 2017 às 10:28

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Levantamento do projeto Supremo em Números, da FGV Direito Rio, mostra que, de janeiro de 2011 a março de 2016, apenas 5,8% das decisões em inquéritos no Supremo Tribunal Federal foram desfavoráveis aos investigados - com a abertura da ação penal. Ainda segundo a pesquisa, o índice de condenação de réus na Corte é inferior a 1%.

No Supremo são julgados políticos - deputados, senadores e ministros de Estado - que detêm foro privilegiado. O tema votou ao debate com a nomeação, pelo presidente Michel Temer, de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. A nomeação, contestada, teria por objetivo conferir foro a Moreira, citado em delação da Odebrecht, e evitar eventual investigação na primeira instância. Anteontem, o ministro do STF Celso de Mello manteve a nomeação.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


No ano passado, a Corte barrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil de Dilma Rousseff. A nomeação do petista - alvo da Lava Jato - também foi questionada na época.

Leia mais:

Imagem de destaque
Veja vídeo:

Lula alerta para horários do Enem e diz que 'não dá para brincar'

Imagem de destaque
A poucos dias da eleição

Vitória de Kamala Harris é mais segura para a democracia, afirma Lula

Imagem de destaque
Determinação

Justiça mantém decisão para Bolsonaro depor em caso de ex-diretor da PRF

Imagem de destaque
Quer voltar

Bolsonaro minimiza potencial de Tarcísio e diz sobre 2026: 'O candidato sou eu'


Para o coordenador do Supremo em Números, Ivar Hartmann, na prática, o foro representa uma "vantagem". "É uma forma de escolher o juiz. Quando Dilma e Temer decidiram nomear Lula e Moreira, optaram por um processo mais longo e com grandes chances de não dar em nada", disse Hartmann.

Publicidade


No período analisado pelo Supremo em Números, em 404 ações penais, apenas três resultaram em vitória da acusação; em 71 delas o sucesso foi da defesa; 276 prescreveram ou foram enviadas a instâncias inferiores (68% do total); em 34 houve decisões favoráveis em fase de recurso; e 20 permaneceram em segredo de Justiça.


Em relação a inquéritos, foram 987 no mesmo período. Deste total, 57 resultaram em vitória da acusação; em 413 o sucesso foi da defesa; 379 prescreveram ou foram remetidos a instâncias inferiores (38% do total); houve oito decisões favoráveis em fase de recurso e 130 ficaram em segredo de Justiça.

Publicidade


"Existe um princípio básico no Direito de que uma pessoa não pode escolher quem vai julgá-la. Então, esse princípio está sendo violado. A única forma de corrigir esse desvio seria o fim do foro", afirmou Hartmann.


Moreira Franco

Um dia após manter Moreira Franco ministro, Celso de Mello afirmou nesta quarta-feira, 15, que levará a discussão ao plenário da Corte se houver pedido de recurso dos autores dos mandados de segurança contra a nomeação do peemedebista - os partidos PSOL e Rede. O PSOL já informou que vai recorrer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo