A bancada paranaense no Senado assiste, com certo ceticismo, aos primeiros movimentos da CPI da Covid-19. Em seu primeiro dia de trabalho, o grupo recebeu 173 solicitações dos parlamentares e, para que cada um seja atendido, precisa ser pautado pelo presidente do colegiado, o senador Omar Aziz (PSD-AM). Sob os holofotes, há muita movimentação, mas os três congressistas do Podemos do Estado já apresentam suas críticas. "Acho que a CPI começou mal, politizando. Vejo que há mais a fotografia de um palanque eleitoral do que uma comissão parlamentar de inquérito. A composição se deu por conta de um acordão e não diria que não foi só da oposição porque há votos do governo”, disse Alvaro Dias à FOLHA. Ele é ainda mais duro quanto à sua expectativa. "Espero que não tenha que defender uma CPI para investigar a CPI, porque a sua composição não nos permite confiar nos seus resultados”.
No mesmo sentido segue Oriovisto Guimarães, que afirmou que gostaria de ver os trabalhos serem feitos de forma isenta e correta. Para ele, a CPI deve, mais do que procurar culpados, se ater em encontrar as falhas para que não voltem a acontecer. Para que os resultados sejam positivos para o País, em sua opinião, é necessário que os parlamentares promovam um trabalho conjunto. "Quando eu ouço o Renan Calheiros (MDB-AL, relator da CPI) falar, não fico à vontade. Eu gostaria que o relator da CPI fosse outro, mas espero que o conjunto dos senadores não aprove qualquer relatório. Só aprove relatórios que sejam documentados e que digam respeito a fatos comprovados, senão ela vira palanque, vai se desmoralizar e não dar em nada”, alertou Guimarães.
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