O ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, confirmou nesta terça-feira que o impacto do aumento real do salário mínimo fica "praticamente" em R$ 1 bilhão, ao ano.
Os recursos, segundo o ministro, sairão do orçamento e o Tesouro cobre a diferença entre a arrecadação e as despesas num esforço para arrecadar mais.
"Se não conseguirmos alcançar via arrecadação, esse valor tem que sair do orçamento, mas isso já faz parte de uma discussão que já vem ocorrendo com o Ministério da Fazenda e isso não é novidade", explicou Berzoini.
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O ministro lembrou, no entanto, que qualquer aumento real "impacta", mas nos últimos anos têm tido aumento real, e isso recai sobre as contas da Previdência. Ele ponderou que o aumento poderia ter sido maior, mas qualquer valor que se adicionasse à conta, significaria "retirar dinheiro de outra área".
Berzoini informou que está trabalhando com um plano estratégico que deve possibilitar, nos próximos anos, aumentos maiores para o salário mínimo. Ele reconhece que esse plano é um "desejo planejado e estruturado" e que deverá buscar executá-lo de maneira concreta.
Segundo o ministro, o manejo dos recursos do orçamento já está garantido para o pagamento do aumento do salário mínimo, já que a Previdência não tem como deixar de pagar o beneficiário, que comparece ao caixa e a União tem que pagar "de qualquer jeito".
Ele ressaltou que a gestão orçamentária possibilita, fazendo economias diversas na máquina pública, viabilizar esse pagamento.