Três dias após a abertura oficial da ExpoLondrina 2015, o governador Beto Richa (PSDB) surpreendeu e esteve neste sábado (11) na cidade pela primeira vez para prestigiar a 55ª edição da feira, no Parque de Exposições Governador Ney Braga. Acompanhado de sua esposa e colegas de partido, Beto disse que não esteve presente na abertura da Expo porque "não foi possível conciliar a agenda" e que "a data da visita era indiferente".
Na coletiva de imprensa, o governador foi questionado sobre a influência do empresário Luiz Abi Antoun, seu parente distante, no governo do Estado. De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Abi seria o suposto "líder de organização criminosa" e influente em diversos setores do governo, mesmo sem ser nomeado em cargo público. Abi e mais seis pessoas, entre elas o ex-diretor do Departamento de Transporte Oficial do Estado (Deto), Ernani Delicato, foram denunciados por envolvimento em fraude na contratação emergencial da oficina Providence, de Cambé.
"Ele não tem cargo no governo e nunca teve. Não tem influência alguma e as investigações estão acontecendo. Qualquer denúncia que tenha fundamento, eu sou a favor que seja apurado. Se houver responsabilidades confirmadas, que os responsáveis sejam de fato punidos", salientou o governador.
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Em relação à uma representação de Beto contra o promotor Renato de Lima Castro, este ano, nas estruturas internas do Ministério Público (MP), por conta de declarações a respeito dos problemas da arrecadação do Estado, que envolveriam uma suposta quadrilha de auditores fiscais que cobrava propina para não autuar devedores da Receita, o governador salientou que houve excesso do parecer do promotor e "encaminhou para as devidas providências do Ministério Público". "Não foi nada demais, apenas um comunicado para o MP à respeito das investigações equivocadas. Denúncias de desvios de conduta na Receita sempre houveram e os quatro anos do meu governo combati de forma veemente todas as denúncias que recebi. Eu não tolero desvios de conduta, tenho o legado político do meu pai, decente, honrado e disso eu não abro mão."
Questionado sobre o envolvimento do ex-inspetor geral da Receita, Márcio de Albuquerque Lima, que era colega de Beto em corridas automobilísticas, o governador disse que essa ilação é descabida. "Comigo correram cerca de cem pilotos ao longo de 18 anos nas 500 Milhas de Londrina. Quando ele foi para a Receita, não havia nenhum indício como agora esta sendo investigado. Não podemos fazer um prejulgamento antes do desfecho dessa investigação. Eu quero que tudo seja esclarecido", declarou. "Se ficar comprovado o envolvimento (do ex-inspetor) ele será exonerado", concluiu.