Os 28 bispos católicos do Paraná se posicionaram contra a privatização da Copel, durante reunião realizada paralelamente à programação da 39ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil, que terminou domingo em Campinas (SP). Os bispos paranaenses distribuíram ontem nota à imprensa destacando três motivos do posicionamento. O primeiro ponto é que 'algumas privatizações' realizadas anteriormente não trouxeram benefícios esperados para a população.
Os bispos acham ainda que decisões como a privatização da Copel necessitam de maior discussão e envolvimento da sociedade e, se possível, da realização de um plebiscito. Por último, a nota destaca que a venda da Copel à iniciativa privada seria um ato irreversível, impedindo depois qualquer decisão contrária.
O arcebispo de Maringá, dom Murilo Krieger, presidente da Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lembra que o tema começou a ser discutido entre os católicos em março passado. 'Durante uma reunião em Francisco Beltrão passamos a questão ao Conselho Regional de Leigos', contou dom Murilo.
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Os leigos decidiram então se posicionar contra a privatização, inclusive aderindo à coleta de assinaturas para propor um projeto popular que inviabilize a venda da estatal. Diante da insistência do Estado em levar a proposta de privatização em frente, os bispos decidiram se posicionar.
* Leia mais em reportagem de Marcos Zanatta na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira