O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), disse nesta quarta-feira, 6, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a implantação do voto impresso nas próximas eleições "é muito ruim para a democracia". Para Bolsonaro, autor da proposta de impressão do voto em papel, pesará sobre a próxima eleição uma "suspeição de fraude".
Nesta quarta-feira, o STF decidiu por 8 votos a 2 suspender a implantação do voto impresso nas próximas eleições, atendendo a um pedido de medida cautelar feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O uso do voto impresso para as eleições deste ano foi aprovado pelo Congresso Nacional em 2015, na minirreforma eleitoral.
"É uma emenda minha de 2015, tô chateado. Pode haver fraude, sim. O jogo do poder é pesado. Será uma eleição que pesará sempre a suspeição da fraude, isso é muito ruim para a democracia. Não interessa quem ganhe, haverá acusação de fraude com toda a certeza", disse Bolsonaro à reportagem.
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"Tá o Ciro (Gomes) me atacando, tá o Geraldo Alckmin desesperado, virei o alvo do outro lado. Sou unanimidade. Continuo pré-candidato mesmo com 100% das urnas eletrônicas, vou até o fim", completou Bolsonaro.
O pré-candidato do PSL também questionou os argumentos da procuradora-geral da República, que entrou com a ação no STF para barrar a implantação do voto impresso. Para Raquel Dodge, a reintrodução do voto impresso "caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso".
"A Raquel Dodge coloca que o voto impresso compromete a segurança e o sigilo das eleições, não sei de onde a Raquel Dodge tirou essa justificativa. O voto impresso é o contrário, é para garantir a segurança (do pleito) e assegurar que não teremos fraudes. Lamento a decisão do Supremo", rebateu Bolsonaro.